Análise da disponibilidade de iluminação natural e artificial em salas de aula de instituição pública de ensino superior
Fecha
2013-06-20Metadatos
Mostrar el registro completo del ítemResumen
As salas de aula, por serem ambientes de maior permanência dos alunos, devem possuir condições de conforto térmico, visual e acústico adequadas. O conforto visual pode ser obtido com a iluminação natural ou com auxilio da artificial quando a natural não é suficiente. Quando se utiliza a iluminação artificial, existe a preocupação com o consumo energético da edificação. Segundo estudos realizados por Klüsener (2009), que aplicou o Regulamento Técnico da Qualidade para Etiquetagem do Nível de Eficiência Energética de Edifícios (RTQ-C) em uma edificação do campus da UFSM em Camobi, o sistema de iluminação é de baixa eficiência energética, tendo atingido o nível E. No entanto, segundo o mesmo estudo, existe um potencial para a melhoria da eficiência energética a partir de ações simples. Partindo-se do pressuposto que as outras edificações da universidade possuem um desempenho semelhante, percebe-se a importância de adequar os seus sistemas de iluminação a fim de reduzir o consumo de energia. Esse trabalho tem como objetivo apontar diretrizes que visem o conforto visual no que diz respeito aos níveis de iluminância disponíveis e sua distribuição no ambiente, bem como à eficiência energética de sistemas de iluminação de salas de aula. Para isso, foram selecionadas salas de aula que fossem representativas do universo existente no campus. Após, foram feitos os levantamentos de suas características físicas (dimensões, cores das superfícies, tipos de aberturas, orientação solar, tipos de proteções solares, presença de obstruções externas, tipos e distribuição de luminárias e lâmpadas) e foram realizadas medições in loco com luxímetros digitais da marca Instrutherm, modelo LDR 225 e segundo recomendações da NBR 15215 (ABNT, 2005d). Também foi feita uma análise parcial segundo os Requisitos Técnicos da Qualidade para o Nível de Eficiência Energética de Edifícios Comerciais, de Serviços e Públicos (RTQ-C) e uma análise comparativa entre os níveis de iluminância medidos e os coeficientes de contribuição de iluminação natural (CIN) estimados. Com os resultados obtidos, verificou-se que a distribuição da iluminação natural é afetada por condições do entorno que causam obstruções do céu visível, não sendo consideradas no projeto das aberturas. Nas medições com iluminação natural mais artificial, os níveis são excessivos e mal distribuídos, causando consumo desnecessário de energia. As proteções solares presentes nas orientações a norte desconsideram as condições do entorno. A avaliação parcial através da aplicação dos requisitos específicos do RTQ-C para os sistemas de iluminação resultou em nível E para as salas do CE e em nível C para as outras. Os CIN calculados em grande parte do tempo não corresponderam aos valores teóricos esperados para salas de aula, conforme literatura.