Análise da matriz energética e econômica das culturas de arroz, soja e trigo em sistemas de produção tecnificados no Rio Grande do Sul
Fecha
2011-12-20Metadatos
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A presente análise tem a finalidade de comparar o desempenho entre unidades e
atividades produtivas, interligando os parâmetros energéticos aos econômicos,
sociais e culturais, na gestão dos recursos naturais nos sistemas de produção.
Sendo assim, a dissertação tem como questão norteadora analisar a relação entre a
energia produzida e consumida durante o processo de produção das principais
culturas de cereais do Estado do Rio Grande do Sul, a saber: trigo, arroz e soja, em
contraposição aos resultados econômicos das respectivas atividades. A pesquisa foi
do tipo exploratório, a partir de estudos de multicaso, com uso de pesquisa
bibliográfica, análises de laboratório e entrevistas com produtores. A escolha das
unidades de produção estudadas privilegiou as que adotam sistemas produtivos
tecnificados, onde se desenvolve a agricultura de precisão e a utilização controlada
de recursos naturais, como a água. Para determinar os resultados de análises
energéticas foram realizados os balanços energéticos e as eficiências culturais e
energéticas das culturas, ao passo que para os resultados econômicos das
atividades estudadas foi utilizada a teoria do Valor Agregado. Os resultados
demonstram que a atividade da soja, em sistema de plantio direto com rotação de
culturas, alcançou a maior eficiência energética, entre 25,58 MJ.ha-1 a 38,39 MJ.ha-1,
sendo que a relação de menor eficiência foi a cultura do trigo, com 3,13 MJ.ha-1. Em
relação ao desempenho econômico das culturas, a soja igualmente mostrou a
melhor eficiência econômica 2,47 e o do trigo 1,14 a menor. Cabe destacar os
significativos resultados econômicos obtidos pela cultura do arroz, expressos pelo
alto valor agregado obtido por unidade de área (VAL/ha de R$ 3.802,00) em função
de sua alta produtividade física. Apesar dos indicadores energéticos serem positivos,
houve significativos gastos com fertilizantes, combustíveis e agrotóxicos em todas as
propriedades estudadas. Desta forma reforça-se a importância do debate sobre a
sustentabilidade socioambiental dos sistemas estudados, principalmente quando
analisados sob a ótica dos gastos energéticos de bens não-renováveis e da
problemática social atribuída a mão-de-obra.