Avaliação do uso de estufa solar para secagem de madeira serrada de eucalipto
Fecha
2009-03-06Metadatos
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O objetivo desse estudo foi avaliar o uso da estufa solar para secagem das madeiras de Eucalyptus tereticornis, Eucalyptus saligna e Corymbia citriodora, bem como comparar a
metodologia com a secagem ao ar livre. Para tanto, foi desenvolvido um secador solar composto basicamente de estruturas de madeira, cobertura com dupla camada de plástico PVC, sistema coletor interno de luz solar e sistema de circulação do ar aquecido. A avaliação da eficiência do secador solar foi comparada à secagem ao ar livre nos seguintes aspectos: tempo e taxa de secagem, variação das condições ambientais e qualidade da madeira resultante da secagem. As três espécies de eucalipto utilizadas nesse experimento foram obtidas em povoamentos homogêneos, sendo o desdobro realizado por meio de cortes tangenciais. Cada espécie foi submetida, no mesmo período, aos dois métodos de secagem, utilizando-se uma carga com 60 tábuas em cada método. Os resultados obtidos indicaram que
a estufa solar foi mais eficiente quanto ao tempo e à taxa de secagem. Os tempos de secagem em estufa solar foram em torno de 2 a 5 vezes menores que a secagem ao ar livre. Apesar dos ensaios terem sido realizados durante o inverno, com baixa insolação e radiação solar, a secagem em estufa solar apresentou taxas de secagem satisfatórias, semelhantes às observadas em secadores solares mais sofisticados espalhados pelo mundo. Mesmo quando as condições
não eram propícias à secagem ao ar livre, a estufa solar apresentou maiores temperaturas e menores índices de umidade relativa do ar e de equilíbrio. A madeira seca, tanto na estufa solar quanto ao ar livre, apresentou boa qualidade, não sendo verificada a incidência de defeitos como encanoamento e colapso. Além disso, o adequado processo de empilhamento e secagem proporcionou minimização dos defeitos do tipo encurvamento. Apesar da maior
ocorrência de peças arqueadas na secagem em estufa solar, a diferença entre as flechas de arqueamento, nos dois métodos de secagem, foi mínima. A incidência de rachaduras de topo resultantes da secagem em estufa solar foi inferior em relação ao ar livre apenas para a madeira de Eucalyptus tereticornis. Já a incidência de rachaduras superficiais resultantes da secagem em estufa solar foi inferior em comparação ao processo ao ar livre para as madeiras
de Corymbia citriodora e Eucalyptus saligna.