Avaliação da atividade antinociceptiva do extrato bruto, das frações e dos compostos obtidos de Geissospermum vellosii
Date
2008-11-04Metadata
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O presente estudo examinou o efeito antinociceptivo de Geissospermum vellosii em modelos
comportamentais de nocicepção. Geissospermum vellosii - extrato bruto, frações ou
compostos foram administrada por via oral, 60 minutos antes dos testes. O extrato bruto
produziu inibição da nocicepção inflamatória (segunda fase) induzida por formalina, o que
também foi percebido na no teste de contorções induzidas por ácido acético. De todas as
frações testadas, a fração diclorometano foi escolhida para a realização da curva doseresposta,
sendo capaz de produzir antinocicepção significativa em ambas as fases de formalina
e no modelo de nocicepção induzida por ácido acético. A antinocicepção causada pela fração
diclorometano no teste do ácido acético foi significativamente atenuada pelo pré-tratamento
dos animais com p-chlorophenilalanina-metil-éster (PCPA, um inibidor da síntese da
serotonina, 100 mg/kg uma vez por dia durante 4 dias consecutivos, i.p.) ou com WAY-
100635 (antagonista seletivo do receptor 5-HT1A, 0,3 mg/kg, s.c.). Em contrapartida, a
antinocicepção produzida pela fração diclorometano não foi afetada pelo pré-tratamento dos
animais com cetanserina (antagonista de receptor 5-HT2, 0,3 mg/kg, i.p.) ou ondansetrona
(antagonista de receptor 5-HT3, 0,5 mg/kg). O composto isolado aspidospermina também foi
capaz de reduzir a nocicepção no teste de contorções induzidas por ácido acético. Em
conjunto, estes resultados indicam que G. vellosii produz antinocicepção em modelos de
nocicepção através de mecanismos que envolvem uma interação com receptores 5-HT1A do
sistema serotoninérgico.