Efeito do óleo essencial de lippia alba nos parâmetros oxidativos do jundiá (Rhamdia quelen) exposto a diferentes concentrações de oxigênio
Resumo
Juvenis de jundiá (Rhamdia quelen) foram expostos ao óleo essencial de
Lippia alba (L. alba) e transportados em sacos plásticos por períodos diferentes (5, 6
e 7 h) produzindo diferentes concentrações finais de oxigênio. Os biomarcadores de
estresse oxidativo, lipoperoxidação (LPO), catalase (CAT), superóxido dismutase
(SOD), e glutationa-S-transferase (GST) foram mensurados em fígado, brânquias e
cérebro de peixes. Os juvenis foram separados em 6 grupos de tratamento
diferentes de acordo com a presença ou não do óleo essencial de L. alba na água
(10 μL/L) e o tempo de transporte, o qual determinou a concentração final de
oxigênio dissolvido no interior dos sacos: Cinco horas: hiperóxia (13.25 ± 0.35 mg/L
O2); hiperóxia com L. alba (11.27 ± 0.22 mg/L O2); Seis horas: normóxia (7.35 ± 0.35
mg/L O2); normóxia com L. alba (7.29 ± 0.40 mg/L O2); Sete horas: hipóxia (2.29 ±
0.36 mg/L O2); hipóxia com L. alba (3.82 ± 0.7 mg/L O2). A adição do óleo essencial
de L. alba causou um aumento da LPO nos tecidos expostos a hiperóxia e uma
redução da GST nos peixes mantidos sob hiperóxia e hipóxia comparado aqueles
sob normóxia. Nos tecidos houve uma redução da LPO e GST e um aumento da
SOD nas espécies sob hipóxia e uma redução da GST naqueles sob hiperóxia com
óleo. Estes resultados sugerem que a presença do óleo essencial de L. alba melhora
o estado redox nos tecidos avaliados, ambos sob hiperóxia e sob hipóxia.