Pseudogap e calor específico de um modelo de hubbard repulsivo
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2014-08-15Metadatos
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No presente trabalho estuda-se o calor específico de um modelo de Hubbard considerado
adequado para discutir supercondutores de altas temperaturas. Resultados para
o modelo de Hubbard mostram que o calor específico em função da temperatura apresenta
uma estrutura de dois picos (DUFFY; MOREO, 1997). O pico de baixa temperatura
está associado às flutuações de spin, enquanto que o pico em alta temperatura está relacionado
às flutuações de carga. Por outro lado, resultados experimentais do calor específico
de supercondutores de altas temperaturas (LORAM et al., 2001), como por exemplo
o Y BCO e o LSCO, indicam uma forte relação entre o calor específico e o pseudogap.
Portanto, neste trabalho investiga-se a relação entre o pseudogap e o calor específico
de um modelo de Hubbard usando a técnica das funções de Green em conjunto com a
aproximação de n-pólos proposta por L. Roth (ROTH, 1969). O calor específico é calculado
na região do pseudogap e da supercondutividade. Considera-se supercondutividade
com simetria de onda dx2 − y2 e o parâmetro de ordem supercondutor é obtido seguindo-se
o procedimento de fatorização proposto por Beenen e Edwards (BEENEN; EDWARDS,
1995). A expressão analítica do calor específico é obtida seguindo o formalismo proposto
na referência (KISHORE; JOSHI, 1971). No cenário adotado, o pseudogap emerge
quando flutuações antiferromagnéticas, as quais estão relacionadas a correlações antiferromagnéticas
(presentes no deslocamento de banda da Roth), tornam-se fortes o
suficiente para puxar as bandas renormalizadas para energias abaixo do potencial químico
no ponto (π,π). Observou-se que acima de uma certa ocupação, o salto no calor
específico decresce sinalizando a abertura do pseudogap. Os efeitos das flutuações antiferromagnéticas
sobre a energia de condensação e sobre a supercondutividade também
são investigados.