A territorialidade judaica em Santa Maria/RS: uma contribuição à geografia cultural
Date
2009-08-10Metadata
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O processo de construção do território gaúcho, bem como da sua identidade cultural está relacionada à influência que as diversas correntes migratórias desempenharam no decorrer do tempo, no espaço sul-rio-grandense. Enfatiza-se que este trabalho enfoca o grupo cultural judaico. Este grupo étnico adentrou no território pertencente ao Município de Santa Maria/RS em 1904, e foram os responsáveis pela formação
da Colônia Philippson. Como objetivo específico a pesquisa procurou: (a) analisar as condições responsáveis pela (des e re) territorialização do grupo cultural judaico, em território santa-mariense, no início do século XX; (b) verificar os aspectos da reterritorialização, o qual proporcionou a formação da Colônia Philippson/Santa Maria pelos judeus no estado gaúcho e (c) identificar o processo e a dinâmica do
desenvolvimento territorial de Philippson, bem como a dispersão espacial dos judeus no meio urbano. Metodologicamente, partiu-se do referencial teórico, direcionado para a temática em evidência e, em um segundo momento realizou-se o trabalho de campo. Quanto ao desenvolvimento territorial de Philippson, pode-se dizer que,
inicialmente, o espaço rural foi o destinado para os judeus. No entanto, a dinâmica territorial desencadeada pelos mesmos, culminou com o abandono das atividades agrícolas e no seu direcionamento ao meio urbano de Santa Maria, na qual eles
dedicaram-se, na grande maioria, ao ramo comercial. Quanto à materialização da cultura judaica, esta pode ser visualizada na paisagem urbana de Santa Maria através da Sinagoga Yitzhak Rabin, da casa Jacob estabelecida na Avenida Rio
Branco e do cemitério israelita localizado no Bairro Chácara das Flores, além do cemitério judaico no município de Itaara.