As estratégias sociais e produtivas no assentamento Santa Maria do Ibicuí, Manoel Viana - RS
Fecha
2012-09-22Metadatos
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O presente trabalho busca conhecer e reconhecer como se dá o processo de (re)territorialização no Assentamento Santa Maria do Ibicuí Manoel Viana (RS), bem como compreender as estratégias sociais e produtivas ali existentes. Optamos aqui, pela(o) construção/desenvolvimento de uma pesquisa descritiva e explicativa, tendo por base o método observacional, onde buscamos identificar e correlacionar as mais diversas situações apontadas ao longo da pesquisa, fazendo uso de um enfoque crítico. O referido Assentamento foi fundado no ano de 1999, contando inicialmente com 227 lotes, ocupados basicamente por pessoas oriundas do Alto Uruguai, Planalto Médio e Missões. A reforma agrária constituiu-se em uma nova oportunidade de inserção destas famílias, excluídas social, econômica e culturalmente do campo, em decorrência de todo um processo histórico de evolução da questão agrária brasileira, marcada por lutas e disputas territoriais. Estas famílias, permaneceram engajadas em diversas lutas e reivindicações do movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, mesmo depois de assentadas. O Santa Maria do Ibicuí passou por intensas transformações em sua organização social e produtiva ao longo dos últimos 12 anos, vindo a consolidar-se como uma importante área de produção familiar, dentro do município de Manoel Viana, e por que não da Fronteira Oeste do RS. As famílias assentadas caminham em busca de uma produção diversificada, que proporcione a produção de diversos cultivos para autoconsumo, visando a segurança alimentar, com a comercialização do excedente. Os assentados tem no leite, seu principal produto comercial, que chega a ser produzido e comercializado por até 120 famílias em determinadas épocas do ano. No entanto, para que continue o processo de consolidação deste território da agricultura familiar, devemos mencionar alguns problemas que afetam diretamente à todas as famílias, tais como: a baixa incidência de crédito entre os produtores, as precariedades na assistência técnica, e as próprias limitações naturais da área (processos de arenização e formação de ravinas, além da baixa qualidade dos solos), fatores estes que ameaçam a reprodução socioeconômica das famílias em questão.