Avaliação ambiental por geoprocessamento na sub-bacia do Rio Angasmarca, Região la Libertad, Peru
Fecha
2012-04-11Metadatos
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As atividades agropecuárias, sem considerar as potencialidades e limitações quanto ao uso das
terras, são uma fonte potencial de degradação do meio ambiente. O trabalho teve por objetivo fazer
um diagnóstico ambiental na sub-bacia do rio Angasmarca, na Região La Libertad no Peru, utilizando
técnicas de geoprocessamento. Para a execução do trabalho foram incorporados a um Sistema de
Informação Geográfica (ArcGIS 9.2) os dados obtidos por sensoriamento remoto (imagem
multiespectral CBERS e modelo digital de elevação ASTER G-DEM 2), cartas topográficas, dados
pluviométricos, análises de solo e mapas temáticos existentes (geologia, solos, ecologia). A partir da
caracterização morfométrica da área de estudos, obtivemos o uso potencial das terras (a partir do
coeficiente de rugosidade), caracterizando áreas passiveis de degradação por conflitos ambientais e
identificamos áreas susceptíveis à erosão laminar apoiado na Equação Universal de Perda de Solos
(EUPS). Da análise das condições hidrológicas e de solos das microbacias avaliadas através do
índice de circularidade (Ic), coeficiente de compacidade (Kc) e fator de forma (Kf), a região é favorável
a processos de escoamento superficial, mas no entanto não sujeita a enchentes. Na avaliação do uso
potencial do solo, constatou-se que 33,18% da área da sub-bacia apresenta-se apropriada para a
prática agrícola, 52,12% para pastagem, 9,45% para pastagem/florestamento e 5,25% para
florestamento. 50,88% (17.963,53ha) da área total da sub-bacia encontra-se em conflito de uso,
portanto necessita de adequações que diminuam a degradação ambiental. Na análise da erosividade
das chuvas verificou-se que o valor médio anual (índice EI30) da sub-bacia é de 4.762MJ.mm.ha-1.h-
1.ano-1 (fator R), com uma média mensal de 396,8MJ.mm.ha-1.h-1. Já para o período chuvoso (outubro
a abril) foi de 4.678,5MJ.mm.ha-1.h-1 (considerado erosivo) e para o período seco (maio a setembro)
de 83,5MJ.mm.ha-1.h-1 (considerado não erosivo). Portanto verificou-se que estimativas de perdas de
solo superiores a 97,82t.ha-1ano-1, estão localizadas em microbacias de maiores declividades,
totalizando 88,88km2 da área da sub-bacia, entretanto, as microbacias onde ocorrem menores perdas
de solos (média de 77,47t.ha-1ano-1 - 76,92 km2), estão localizadas em terrenos mais planos. As
modelagens matemáticas realizadas no Sistema de Informação Geográfica possibilitaram a
integração de dados das estimativas do potencial de erosão laminar e da avaliação ambiental Físico-
Conservacionista, permitindo espacializar às áreas de risco potencial tanto de conflitos de uso do
solo, erosão e deterioração ambiental, o que permite propor ações mitigadoras para áreas que
apresentam maiores problemas.