Teste ergométrico em hipoxia: alternativa para avaliação cardiovascular de adultos e idosos
Resumo
Esta investigação avalia as respostas eletrocardiográficas em repouso e no teste ergométrico
de adultos e idosos de ambos os sexos nas situações de normoxia e em hipoxia. Para isso,
foram testadas 67 pessoas voluntárias na faixa etária entre 50 a 79 anos, divididos em 45
pessoas sedentárias, homens e mulheres (Grupo 1); 15 jogadores de futebol que disputam o
campeonato da cidade na categoria sênior (igual ou maior que 55 anos) (Grupo 2) e sete
canoístas de alto rendimento (Grupo 3). Os participantes foram submetidos, seguindo a
ordem, a ECG de repouso e teste ergométrico, ambos nas situações de normoxia e hipoxia. Os
resultados de traçado eletrocardiográfico foram comparados qualitativamente entre as
situações descritas, e as observações clínicas manifestas nos testes analisados. Resultados: 52
sujeitos apresentaram resultados de ECG de esforço normais e sem diferenciação entre as
duas situações de testes (normoxia e hipoxia). Já em 12 sujeitos constatou-se que as alterações
de traçado que ocorreram em hipóxia não tinham aparecido em normoxia. Referindo-se
especificamente às alterações em hipoxia, foram evidenciadas, no total, a ocorrência de cinco
casos de extrassístoles, onze de infradesnivelamento do segmento ST e 1 de achatamento da
onda T. O número de casos de pessoas aparentemente sadias, que não apresentaram alterações
do TEN e TEH, permite afirmar que o exame em hipoxia é seguro para essas pessoas. Os
casos de alteração no TEH, sem correspondência em TEN, sugerem que o TEH pode ser mais
sensível para detectar alterações com possível indicativo patológico, principalmente no que se
refere a sinais de isquemia miocárdica e distúrbio de ritmo.