Indução da ovulação em éguas crioulas com diferentes doses de gonadotropina coriônica humana
Abstract
O efeito de três diferentes doses endovenosas de gonadotropina coriônica
humana (hCG) e a possível influência da idade dos animais, do diâmetro folicular e dos
meses da estação de monta (setembro a janeiro) foram avaliados sobre a resposta
ovulatória em cento e vinte e três éguas Crioulas, entre 2 e 24 anos de idade durante a
temporada de monta de 2006. As éguas foram examinadas diariamente através de
palpação retal e ultra-sonografia com transdutor trans-retal linear de 5MHz. Quando os
folículos ovarianos em desenvolvimento alcançaram um diâmetro entre 30 a 35mm
aplicou-se uma injeção endovenosa de hCG. As éguas foram distribuídas
aleatoriamente em três grupos, conforme a dose de hCG aplicada: 1000 UI (n=39),
1500 UI (n=41), e 2000 UI; (n=43). As fêmeas foram cobertas no dia seguinte à
aplicação de hCG e examinadas diariamente até a detecção da ovulação. O percentual
de éguas que ovularam antes de se passarem 24h da aplicação de hCG foi de 10,5%,
7,3% e 4,7%, e o das que o fizeram antes de decorrerem 48h da injeção foi de 92,5%,
83,7% e 86,0%, respectivamente, para os grupos tratados com 1000 UI, 1500 UI e 2000
UI de hCG. Não houve relação entre os meses da estação de monta, a idade das
éguas, diâmetro folicular (30-35mm) no momento da aplicação do hCG e a resposta
ovulatória. As três doses de hCG utilizadas apresentaram efeito similar (P>0,05),
induzindo a ovulação da maioria das éguas em até 48h. Éguas Crioulas em cio,
apresentando folículos pré-ovulatórios com diâmetro entre 30-35mm respondem bem à
indução da ovulação quando tratadas com 1000 UI, 1500 UI ou 2000 UI de hCG.