Sistema para inseminação artificial sem observação de estro em vacas de corte amamentando
Resumo
O objetivo deste estudo foi desenvolver um protocolo de inseminação artificial com tempo fixo (IATF) em vacas de corte amamentando, avaliando o intervalo entre a retirada do
progestágeno e a aplicação de GnRH sobre a dinâmica folicular e a prenhez. Para isto, 227 vacas 60-80 dias pós-parto receberam benzoato de estradiol (5mg) e um pessário vaginal de acetato de medroxiprogesterona (250mg MAP; dia 0). No dia seis, cloprostenol sódico (125μg), gonadotrofina coriônica eqüina (400UI) e desmame temporário (88h). O MAP foi
retirado no dia sete (Grupo BioRep) ou no dia oito (Grupo IATF) e, 48h ou 24h após os animais receberam GnRH (100μg; dia 9), respectivamente. No experimento I, o monitoramento das estruturas ovarianas de 14 vacas foi realizado a cada 24h, desde o dia seis até 36h após a aplicação de GnRH em ambos os grupos. O tamanho médio do folículo dominante no dia nove foi de 11,1±0,99mm (BioRep n=7) e 11,5±0,65mm (IATF n=7) e todos os animais ovularam. No experimento II, no grupo BioRep (n=106), após a retirada do MAP, as fêmeas foram inseminadas com detecção de estro durante 48 horas. O restante dos animais do grupo BioRep e todos do grupo IATF (n=107) receberam 100μg de GnRH (dia 9) e, após 16h, IATF. Os índices de prenhez foram de 57,6% (BioRep) e de 52,3% (IATF). O intervalo de 24h entre a retirada do MAP, mantido por 8 dias, e a aplicação de GnRH não interfere na dinâmica folicular e prenhez, viabilizando inseminar vacas de corte amamentando sem observação de estro.