Proteinograma sérico de gatos infectados experimentalmente pelo Trypanosoma evansi
Abstract
O objetivo deste estudo foi avaliar o perfil eletroforético das proteínas séricas de gatos experimentalmente infectados pelo Trypanosoma evansi, em diferentes períodos de infecção. Utilizaram-se 13 felinos (Felis catus) adultos, fêmeas e sem raça definida. Os gatos foram divididos em dois grupos homogêneos, sendo um o grupo controle (seis animais) e o outro o grupo infectado (sete animais). Os sete animais foram inoculados por via intraperitoneal, com um isolado de T. evansi. Nos outros seis animais, foi administrada pela mesma via solução fisiológica. Realizaram-se coletas de sangue nos dias 0, 7, 21 e 35 para avaliação das proteínas totais e fracionamento protéico através da técnica de eletroforese. Observou-se que os valores de albumina (p < 0,01), alfaglobulina 2 e gamaglogulinas (p < 0,05) diferiram significativamente a partir do sétimo dia de infecção e que as betaglobulinas (p < 0,05) apresentaram diferença estatística a partir do 21° dia. Não houve diferença estatística na fração alfaglobulina 1. Pode-se concluir que a infecção pelo T. evansi em gatos acarreta mudanças no perfil eletroforético das proteínas séricas. Assim, o aumento na fração γ-globulina é um achado frequente na infecção pelo T. evansi, causado principalmente pelo aumento da IgM e IgG. Contudo, a subfração α2-globulina apresentou aumento em todo o período experimental e , possivelmente, as proteínas dessa fração estejam diretamente envolvidas na defesa do hospedeiro contra o flagelado. Desse modo, é fundamental que novos estudos sejam realizados para definir o verdadeiro papel de cada proteína dessa fração no controle da infecção.