Comparação da eficiência de dois planos de amostragem de milho para análise de micotoxinas
Resumo
O objetivo deste trabalho foi avaliar a variabilidade e o desempenho de dois planos de
amostragem de milho para quantificação de micotoxinas. Amostraram-se 11 lotes de milho,
através de dois planos de amostragem: o manual, utilizando-se o calador graneleiro e o
automático, utilizando-se a amostragem em fluxo contínuo. De cada plano amostral
determinaram-se a variabilidade total e as variabilidades das etapas de amostragem,
preparação e análise dos resultados de aflatoxinas, fumonisinas e zearalenona em 8, 11 e 5
lotes, respectivamente. Essas variâncias foram comparadas, para cada micotoxina, entre os
dois planos de amostragem utilizando a análise de variância multifatorial. As distribuições
dos resultados de quantificação das aflatoxinas e zearalenona foram comparadas entre quatro
modelos de distribuições teóricas. Determinaram-se as probabilidades de aceitação e rejeição
de um lote com determinadas concentrações de aflatoxinas ou zearalenona, utilizando-se a
variância e as informações da distribuição selecionada para montar as curvas características
de operação (CO). A variância da amostragem e a variância total foram menores no plano de
amostragem automático para quantificação de aflatoxinas, fumonisinas e zearalenona. A
curva CO do plano de amostragem automático, para quantificação de aflatoxinas e
zearalenona reduz os riscos do consumidor e do produtor em relação à curva CO do plano de
amostragem manual. O plano de amostragem automático é mais eficiente que o plano de
amostragem manual para quantificação de micotoxinas em milho diminuindo, portanto, o erro
na classificação de lotes significando, pois, maior segurança nas relações comerciais.