Padrões atmosféricos associados a extremos de precipitação na primavera no estado do Rio Grande do Sul
Fecha
2012-09-18Metadatos
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O objetivo desta dissertação é a definição de padrões atmosféricos associados a eventos
extremos de precipitação no estado do Rio Grande do Sul (RS), na primavera. Os dados
utilizados foram as séries pluviométricas disponibilizada pela Agência Nacional das
Águas (ANA) e os dados de reanálise de alta resolução do Climate Forecast System Reanalysis
(CFSR) das 00 e 12 UTC. A partir dos dados da ANA, sobre o RS, foram obtidas
seis regiões homogêneas de precipitação, por meio da técnica de Análise de Agrupamento
hierárquica, que são: o Leste e Litoral Norte (R1), Extremo Sul e Litoral Sul (R2),
Oeste e Fronteira com o Uruguai (R3), Extremo Norte (R4), Centro-Oeste (R5) e Noroeste
(R6). Com as séries médias para cada uma das regiões homogêneas foram localizados,
por meio da técnica dos quantis, os dias em que a precipitação sobre cada região foi
igual ou superior ao quantil 99%. Com os dados do CFSR foi gerada uma matriz N x
M sendo o N as datas de eventos extremos e o M são dados normalizados, em pontos
de grade, dos campos meteorológicos selecionados em uma grade 21x19 sobre o RS.
Os campos meteorológicos escolhidos foram: Pressão ao Nível Médio do Mar, Espessura
entre 500hPa e 1000hPa, Altura Geopotencial em 500hPa, Componente Zonal do
vento em 850hPa, Componente Meridional do vento em 850hPa, Componente Zonal do
vento em 200hPa, Componente Meridional do vento em 200hPa e Umidade Específica
em 850hPa. Aplicando a Análise de Agrupamento Não-Hierárquica sobre a matriz dos
campos meteorológicos foram obtidos 5 agrupamentos atmosféricos, definidos como os
padrões atmosféricos. Para o Agrupamento 1 os extremos de precipitação ficaram localizados
principalmente sobre as regiões R2, R3, R5 e R6. No Agrupamento 2 o extremo
de precipitação ficou principalmente sobre a região R1. No Agrupamento 3 os extremos
de precipitação ficaram sobre as regiões litorâneas (R1 e R2), de fronteira com o Uruguai
(R3) e de regiões com elevação no relevo (R4 e R5). No Agrupamento 4 os extremos de
precipitação ficaram generalizados sobre o todas as regiões e no Agrupamento 5 ocasionaram
extremos de precipitação nas regiões R2, R3 e R4. O Agrupamento 3 apresenta
fortes características de uma incursão frontal, enquanto que as características de um
Sistema Convectivo de Mesoescala (SCM) estão presentes nos Agrupamentos 1, 4 e 5.
Assim, dos três principais sistemas meteorológicos que causam precipitação extrema no
RS, os SCM são os mais importantes e somente o Vórtice Ciclônico em Altos Níveis não
foi claramente identificado, mas o Agrupamento 2 apresenta algumas características que
podem indicar a sua presença, que são por exemplo, o eixo do cavado sobre o RS e a
formação de um ciclone em superfície sobre o litoral.