Interfaces frente à morte: atuação ambulatorial de psicólogos e psiquiatras em relação à finitude
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2014-01-14Metadatos
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Falar sobre morte nunca foi assunto fácil. Através de análise histórica, percebe-se que o temor da morte sempre esteve presente, porém com diversas formas de lidar com ele. Hoje se percebe a institucionalização do processo de morrer, assim como da manifestação de sentimentos. Após a Reforma Psiquiátrica, surgiram também Instituições de amparo em Saúde Mental, como Ambulatórios de Saúde Mental e Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), que objetivam promover saúde e ampliar atendimento à população em geral para gerar bem estar e evitar cronificação de psicopatologias. Nessas instituições, duas especialidades de profissionais destacam-se na atuação conjunta, sendo eles psicólogos e psiquiatras. Essa ação conjunta é interessante por possibilitar uma visão integral do sujeito, em seus aspectos físicos e psicológicos do comportamento. Assim, o presente trabalho objetiva compreender a presença da morte no trabalho ambulatorial através da percepção destes profissionais que atuam nestes locais. Para tanto, foi realizado um estudo qualitativo e de cunho exploratório através de entrevistas semiestruturadas com eixos norteadores. Para interpretação dos dados, utilizou-se de análise de conteúdo, com categorias emergentes das falas. Entre os resultados, encontrou-se diversas maneiras de deparar-se com o tema na clínica, sendo elas: luto, luto cronificado, preparação para uma morte próxima através de doença ou velhice, ideação suicida e morte em vida, representada pela perda da subjetividade. Entre essas maneiras, o suicídio apresentou especial destaque, sendo descrito como o mais complexo em função da grande responsabilidade que o profissional tem na condução de casos desta natureza. Ainda, pôde-se explorar o entendimento dos profissionais frente à essa demanda e qual eram as práticas corriqueiras de enfrentamento. Os achados do estudo estão apresentados em três artigos, divididos pelo assunto a que se referem.