Determinação de resíduos de agrotóxicos em tomate para fins de acreditação

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Data
2014-01-17Primeiro membro da banca
Pizzolato, Morgana
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Mostrar registro completoResumo
O desenvolvimento e validação do método analítico para determinação de 51 agrotóxicos em tomate por UPLC-MS/MS foi realizado a fim de atender ao requisito 5.4.5 (Validação de Métodos) da norma NBR ISO/IEC 17025:2005 e seguindo o documento orientativo DOQ-CGCRE-008 (Orientação sobre validação de métodos analíticos). Esse item descrito na norma é de fundamental importância para que o laboratório possa ser acreditado pelo INMETRO.
A validação do método seguiu todos os parâmetros de validação, tal como a linearidade das curvas analíticas, limites de detecção e quantificação, efeito matriz, exatidão e precisão do método. Os agrotóxicos estudados neste trabalho foram determinados por UPLC- MS/MS no modo de ionização ESI positivo.
As soluções estoque dos agrotóxicos foram preparadas em solvente orgânico compatível com a solubilidade de cada substância. Essas soluções foram preparadas por dois analistas distintos a fim de validar o preparo dessas a partir da comparação das áreas das injeções realizadas (n=7) de cada solução individual. Após avaliação, 43 das 51 soluções estudadas mostraram resultados dentro da faixa de ± 10% demonstrando a excelente qualidade no preparo dessas soluções.
Os agrotóxicos estudados foram extraídos das amostras de tomate utilizando o método mini Luke o qual faz o uso de uma mistura 1:1: 1 (v/v/v) de acetona/éter de petróleo/diclorometano como solvente extrator. Após extração, o extrato em solvente orgânico foi evaporado e ressuspendido em solvente apropriado (metanol acidificado com 0,1% ácido acético) para análise por UPLC-MS/MS.
O estudo de fortificação e recuperação dos analitos foi realizado nas concentrações de 10, 20 e 50 μg kg-1, por dois analistas, e 7 replicatas (n=7) para cada concentração, além das amostras branco (sem conter os agrotóxicos). Os limites de detecção e quantificação do instrumento e do método foram determinados, bem como a linearidade das curvas analíticas avaliadas através do coeficiente de determinação (r²), faixa linear dinâmica de trabalho, exatidão através do estudo de fortificação e recuperação (%) dos analitos, precisão (RSD%) e efeito matriz. Dos 51 agrotóxicos estudados, 46 apresentaram recuperação média na faixa de 81 a 115 % para todas as concentrações avaliadas. Com relação à precisão, 92% dos agrotóxicos demonstraram RSD% abaixo de 18,7% na menor concentração de fortificação. O limite de quantificação do método, para 82% dos agrotóxicos, foi a concentração de fortificação mais baixa estudada (10 μg kg-1). O efeito matriz observado foi inferior a ± 20% para todos os agrotóxicos avaliados, demonstrando assim que não há supressão ou aumento considerável no sinal do analito.
Para todos os agrotóxicos estudados os resultados de precisão intermediária (onde foram avaliados diferentes analistas em diferentes dias) ficaram abaixo de 20% demonstrando a repetitividade satisfatória do método proposto.