Extratos vegetais para porcas e leitões na creche
Resumo
O objetivo do presente documento é apresentar um experimento e uma meta
análise sobre a utilização de extratos vegetais para porcas em gestação/lactação e
leitões na creche. O estudo com porcas envolveu trinta fêmeas geneticamente
homogêneas que distribuídas em dois tratamentos (dieta controle e dieta com adição de
160ppm de saponinas). O delineamento foi de blocos ao acaso, tendo como fator de
bloqueamento a ordem de parto. Foram avaliados o consumo de ração, a cor e
consistência das fezes e o escore corporal. Nos leitões lactentes foram avaliados os
nativivos, natimortos, mumificados, pesos (ao nascer e ao desmame) e mortalidade.
Não foram encontradas diferenças na cor das fezes das fêmeas, porém as fezes das
fêmeas que receberam dieta com saponinas foram mais duras. Na última semana de
lactação as fêmeas alimentadas com saponinas apresentaram um escore corporal
superior as fêmeas que receberam dieta controle. Não foram encontradas diferenças
(P>0,05) nos leitões para as variáveis de nascimento. Os leitões das fêmeas que
receberam dietas com saponinas foram mais pesados (P<0,05) ao nascer (1,2 x 1,4kg)
e ao desmame (5,5 x 5,9kg). Porcas alimentadas na fase final de gestação e na
lactação com dietas com 160ppm de saponinas têm melhor escore corporal no final da
lactação e suas leitegadas são mais pesadas ao nascer e ao desmame. No estudo de
meta-análise foram utilizadas 11 publicações contendo 48 tratamentos e 2752 animais.
Os tratamentos foram agrupados antimicrobianos de síntese (AS) e extratos vegetais
(EV). Não houve diferença (P>0,05) para as variáveis experimentais. O número médio
de animais por tratamento foi de 57, o período experimental médio foi 35 dias e a idade
inicial de 25 dias. O peso vivo médio inicial foi de 7,4kg, sendo 16% superior (P<0,05)
para leitões que receberam extratos vegetais. O peso vivo médio final foi de 25kg. Os
valores nutricionais médios (P<0,05) foram de 3345 kcal EM/kg, 0,39% de metionina,
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1,42% de lisina e 21,8% de proteína bruta. O consumo médio de ração de 818g/d, o
ganho de peso de 480g/d e conversão alimentar de 1,70 não diferiram (P>0,05) entre
os dois aditivos. A alimentação de leitões na creche com dietas contendo determinados
antimicrobianos de síntese e extratos vegetais não altera o consumo de ração, ganho
de peso, conversão alimentar, ingestão de energia metabolizável, proteína bruta, lisina,
metionina, cálcio e fósforo. O peso vivo não é um estimador adequado para as variáveis
de desempenho de leitões na creche alimentados com aditivos antimicrobianos de
síntese e extratos vegetais, sendo a meta-análise mais adequada para estimar essas
variáveis.