Características do processo de ingestão de forragem por cordeiras em pastagem de azevém nos diferentes estádios fenológicos
Fecha
2008-12-16Metadatos
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Foram estudadas as características do processo de ingestão de forragem por cordeiras em pastagem de azevém (Lolium multiflorum Lam.), a partir da hipótese de que diferentes estádios fenológicos do pasto influenciam no processo de captura de alimento por animais em pastejo. O experimento foi desenvolvido no período de maio a novembro de 2007 na Universidade Federal de Santa Maria e as avaliações foram realizadas em três datas nos estádios fenológicos do azevém: Vegetativo (11/09), Pré-florescimento (14/10) e Florescimento (11/11). Foram utilizadas oito cordeiras, cruzas Ile de France x Texel com oito meses de idade e 45,0 ± 4,3 kg de peso vivo, em média. Foram realizados testes de pastejo para quantificar a taxa de ingestão de matéria seca (MS) pelas cordeiras e variáveis de comportamento ingestivo de acordo com a metodologia adaptada de PENNING; HOOPER (1985). Na pastagem foram realizadas avaliações de massa de forragem, altura do dossel, estrutura vertical e composição química da forragem aparentemente colhida. O delineamento experimental foi o inteiramente casualizado, com medidas repetidas no tempo, com três tratamentos e cinco repetições no estádio vegetativo e seis nos demais estádios estudados. Com oferta de forragem de 13,7 kg de matéria seca/100 kg de peso vivo, a taxa de ingestão, a massa do bocado e a profundidade de bocado foram semelhantes (P>0,05) nos diferentes estádios. No estádio vegetativo do azevém a altura do pasto influencia negativamente a taxa de bocados. Nos estádios de pré-florescimento e florescimento a altura do pasto influencia positivamente o tempo de alimentação. A profundidade de bocados é positivamente influenciada pela altura do pasto e negativamente pela densidade de colmos no estrato superior. O tempo de alimentação (TA= 27,46 + 0,09 dia) e o número de bocados totais (NBT= -175,4 + 9,41dia) aumentaram linearmente ao longo do ciclo do azevém. O menor número de bocados por unidade de tempo foi realizado no 135º dia após a emergência do azevém e o maior tempo de formação do bocado foi no 146º. Em azevém, com oferta de forragem não limitante ao consumo, o aumento na taxa de bocados é o mecanismo utilizado por cordeiras para manter a taxa de ingestão constante. Dentre os atributos do pasto, sua altura é o de maior importância para determinar mudanças nas variáveis do comportamento ingestivo.