Desenvolvimento e avaliação de um método in vitro para estimar a degradabilidade das proteínas no rúmen
Fecha
2009-02-13Metadatos
Mostrar el registro completo del ítemResumen
Foi conduzido um conjunto de ensaios in vitro com o objetivo de desenvolver um método para estimar a degradação de proteína no rúmen baseado na liberação de amônia no
meio de incubação. Foram incubadas amostras de farelo de soja, farinha de carne e ossos, azevém (Lolium multiflorum) e cynodon (Cynodon dactilon var. Dactylon) utilizando-se os
procedimentos da técnica in vitro/gases. Foi avaliado o efeito da quantidade de amostra incubada, da inclusão de amido para corrigir a fração de nitrogênio capturado pelas bactérias,
do teor de nitrogênio na solução tampão e do tratamento prévio das amostras para remoção da fração solúvel do nitrogênio. Foram conduzidos também ensaios in vitro de curta duração para medir a taxa de degradação ou de solubilização da fração solúvel da proteína das amostras. Os resultados de degradação protéica obtidos em algumas amostras incubadas in vitro foram comparados com os obtidos em ensaios in vivo e in sito, que foram conduzidos
paralelamente. A degradação da proteína de diferentes amostras não foi afetada pelo tamanho de amostra (15 mg N/ amostra 1 g de amostra), entretanto a degradabilidade e a taxa de degradação protéica do azevém, sem correção de amido, foram negativamente afetadas pela exclusão do bicarbonato de amônio da solução tampão (P<0,05). O tratamento prévio da amostra interferiu (P<0,05) nos resultados de degradação protéica das amostras de azevém e
farelo de soja, mas não da farinha de carne. Em geral, a inclusão de amido para correção da amônia utilizada pelos microorganismos, resultou em maiores valores de degradabilidade da proteína do azevém (P<0,05), mas não das outras amostras. O coeficiente de determinação (r²)
das estimativas da taxa de degradação, calculada com base na variação da concentração de amônia no meio ao longo do tempo de incubação, foram geralmente altos (superiores a 80%). As degradabilidades efetivas da proteína das amostras de farelo de soja, farinha de carne e azevém, estimadas pelo método in vitro foram inferiores às estimadas pelo método in situ (P<0,05). Por outro lado, a degradabilidade efetiva da proteína de amostras de azevém e Cynodon estimada pelo método in vitro não diferiu dos valores obtidos in vivo com ovinos fistulados no duodeno. Em conclusão, o método in vitro/gases pode ser uma ferramenta útil para estimar a degradabilidade ruminal das proteínas, embora ainda necessite ser melhor validado com estudos in vivo.