Avaliação de componentes da fibra como marcadores internos e de alcanos para estimar o fluxo de digesta no duodeno de bovinos
Fecha
2012-03-01Metadatos
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Este estudo foi conduzido com o objetivo de avaliar o potencial do uso de
componentes da fibra como marcadores internos e alcanos na estimativa do fluxo duodenal
em bovinos. Para tanto foi avaliada a degradabilidade intestinal das frações fibrosas de
diferentes alimentos. Foram utilizados quatro bovinos da raça holandesa dotados de cânula
tipo T simples no duodeno e um bovino dotado de fistula ruminal, com dieta a base de
Aveia Preta e concentrados (60:40). Foram conduzidos ensaios com sete diferentes alimentos,
estes sendo submetidos a diferentes tempos de incubação ruminal, (12, 24, 36 e 48 horas). Por
meio da técnica dos saquinhos móveis, foi avaliada a degradação intestinal dos alimentos. As
médias das frações fibrosas obtidas pós-ruminalmente e recuperadas nas fezes diferiram
significativamente de FDN, FDA e LDA (P<0,05). O desaparecimento em percentual da MS
foi de 6,44, 2,07 e 0,90%, para FDN, FDA e LDA, respectivamente. No entanto a análise de
regressão linear indicou altos coeficientes de determinação para todos os tempos de
incubação. O desaparecimento em proporção de FDA e LDA foram estatisticamente iguais
em todos os tempos de incubação (P>0,05), indicando perda de partículas pelos poros dos
saquinhos. A correção dos teores de FDA, pela perda de LDA não afetou os coeficientes de
determinação que permaneceram elevados. A estimativa do fluxo de duodenal de MS com a
FDA e a LDA foram similares, 2,025 e 2,135 kgMS/dia, respectivamente. Os n-alcanos
apresentaram baixa recuperação fecal (C31= 63,3%; C32=46,7% e C33=75,6%),o que pode
ter contribuído para alta variabilidade dos resultados. O C32 superestimou os valores de fluxo
duodenal de MS, sendo que fluxo médio obtido pelo C32, corrigido pela excreção fecal do
alcano, foi de 3,855 kgMS/dia, enquanto o observado com o FDA foi de 2,065kgMS/dia e
2,135 kgMS/dia com base no LDA. O FDA foi eficiente para medir o fluxo duodenal de MS, ,
diferentemente do n-alcano dosado, o C32, que superestimou este parâmetro e, como C31 e
C33, apresentou resultados com alta variabilidade.