Uso de estrato vertical por pequenos mamíferos em floresta de galeria e cerradão no sudoeste do Brasil
Fecha
2009-11-15Metadatos
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Estudos sobre estratificação vertical por pequenos mamíferos no Cerrado são escassos. Este
estudo objetivou verificar a composição da comunidade de pequenos mamíferos em relação à
utilização do estrato vertical em áreas de floresta de galeria e cerradão no sudoeste do Brasil. As
capturas foram realizadas durante os meses de agosto/setembro, novembro/dezembro de 2006 e
fevereiro/março, maio/junho de 2007. As armadilhas foram dispostas em três transecções com 10
estações de captura cada, sendo que cada estação compreendeu uma armadilhas no solo, uma no subbosque
(2,0 a 3,0 m de altura) e uma no dossel (8 a 10 m) em cada ambiente, totalizando 60 estações
de capturas. Com um esforço de 3600 armadilhas-noite foram capturadas 11 espécies de pequenos
mamíferos, que estiveram distribuídas diferencialmente em relação aos ambientes e à utilização do
estrato vertical. As espécies apresentaram forte segregação de hábitat, onde apenas Rhipidomys
macrurus esteve presente nos dois ambientes. Quanto ao uso do estrato vertical, pela análise de
Correspondência, Caluromys philander foi a única espécie que se destacou no dossel, Cryptonanus
agricolai, Marmosa murina, e Oecomys bicolor, e se destacaram no sub-bosque, e Gracilinanus agilis
e Nectomys rattus se destacaram ao nível do solo. Em ralação aos parâmetros faunísticos e ambientais
formaram-se dois grupos , onde C. agricolai e G. agilis estiveram associados ao cerradão, estação seca
e número de árvores e C. philander, M. murina, N. rattus e O. bicolor estiveram associados a floresta
de galeria, estratificação, número de ramos e número de lianas. O bioma Cerrado apresenta distintas
faunas de pequenos mamíferos associadas às duas formações florestais: floresta de galeria e o
cerradão. A utilização de armadilhas em diferentes estratos aumenta a riqueza de pequenos mamíferos,
mostrando que as espécies estão distribuídas em diferentes camadas verticais da floresta, utilizando a
complexidade do ambiente o que possibilita a coexistência de um número maior de espécies.