Efeitos do disseleneto de difenila sobre o dano oxidativo causado por paracetamol em cérebro de camundongos
Date
2012-06-11Metadata
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O paracetamol é o analgésico mais usado no mundo, em doses terapêuticas não apresenta nenhuma toxicidade, porém em doses elevadas pode causar dano hepático pela formação do seu metabólito tóxico N-acetil-p-benzoquinoneimina (NAPQI). O dano cerebral pode ocorrer em decorrência ao dano no fígado, uma condição chamada de encefalopatia hepática, já que o fígado pode apresentar um comprometimento das suas funções, como transformar amônia em uréia, causando um acúmulo de amônia no organismo, sendo esta tóxica para o cérebro. Além disso, o NAPQI pode causar estresse oxidativo e disfunção mitocondrial no cérebro. O disseleneto de difenila [(PhSe)2] é um composto orgânico de selênio que apresenta atividade antioxidante e potencial farmacológico. O objetivo desse estudo é verificar a capacidade do (PhSe)2 em reverter o dano cerebral e disfunção mitocondrial causada por uma dose tóxica de paracetamol. Os camundongos receberam paracetamol (600 mg/kg) e 1h após, disseleneto de difenila (15,6 mg/kg). Após 4h da administração do paracetamol, coletou-se o soro para as análises bioquímicas de aspartato aminotransferase (AST) e alanina aminotransferase (ALT) que confirmaram o dano hepático. A administração de APAP aumentou a peroxidação lipídica, a produção de espécies reativas de oxigênio e diminuiu a atividade da enzima Na+, K+ - ATPase. Da mesma forma, o APAP alterou os parâmetros de funcionalidade mitocondrial. O tratamento com (PhSe)2 reverteu o dano cerebral induzido por uma dose única de APAP.