Avaliação dos efeitos farmacológico e toxicológico de 4- organocalcogeno-isoquinolinas
Fecha
2014-03-12Metadatos
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A monoamina oxidase (MAO) é uma enzima alvo no tratamento de diversas
patologias, sendo que novas moléculas que a inibam de maneira seletiva, potente,
reversível, e ausente de efeitos adversos suas isoformas são procuradas. Neste
sentido, o primeiro manuscrito desta dissertação avaliou o potencial inibitório dos 4-
organocalcogeno-isoquinolinas na atividade cerebral da MAO-A e B in vitro,
elucidando seus perfis cinéticos e a interação composto e enzima. Os resultados
demonstram que todos os compostos apresentam inibição seletiva da MAO-B,
sendo o composto 3-fenil-4-(selenofenil) isoquinolina o mais potente. O perfil cinético
revelou inibição do tipo mista e reversível da enzima, coerente aos resultados do
docking molecular. Sabe-se que tanto compostos orgânicos de selênio quanto
isoquinolinas relacionam-se a situações pró-oxidantes, deste modo, investigou-se o
efeito in vitro dos 4-organoseleno-isoquinolinas na atividade cerebral das enzimas δ-
aminolevulinato dehidratase (δ-ALA-D) e Na+, K+-ATPase, as quais possuem
resíduos de cisteína facilmente oxidáveis. Os dados demonstram que os compostos
substituídos com cloro, flúor e trifluormetil no anel aromático ligado ao átomo de Se
do composto 3-fenil-4-(selenofenil) isoquinolina inibem ambas as enzimas
sulfidrílicas, o que não foi observado com o composto substituído com metil e com o
composto não substituído. Além disso, visto que a inibição das enzimas δ-ALA-D e
Na+, K+-ATPase foi revertida por ditiotreitol é possível propor o envolvimento da
oxidação dos resíduos de cisteína pelos compostos. Devido à inibição seletiva e
reversível da MAO-B e ao baixo potencial toxicológico demonstrado, o composto 3-
fenil-4-(selenofenil) isoquinolina torna-se um candidato a mais estudos que possuam
esta enzima como alvo terapêutico.