Efeitos do consumo de sacarose sobre parâmetros metabólicos, desenvolvimentais e antioxidantes em Drosophila melanogaster: papel das plantas Syzygium cumini e Bauhinia forficata
Fecha
2014-03-14Metadatos
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A mosca da fruta, Drosophila melanogaster, tem sido considerada um organismo modelo adequado para a investigação de disfunções metabólicas/desenvolvimentais e estratégias terapêuticas. Neste trabalho foram utilizadas larvas de Drosophila melanogaster para avaliar o papel das plantas Syzygium cumini e Bauhinia forficata sobre os efeitos provocados pelo consumo de dietas ricas em sacarose como marcadores de estresse oxidativo e respostas fenotípicas associadas à sinalização da insulina. Os experimentos foram realizados com larvas do primeiro estágio (L1), coletadas 24 horas após a deposição dos ovos. As larvas foram tratadas com dietas ricas em sacarose (15 e 30%) suplementadas ou não com 5mg/mL dos extratos aquosos de S. cumini e B. forficata. As moscas recém-eclodidas das larvas (1-3 dias de idade) foram utilizadas para avaliar os parâmetros bioquímicos. Durante o estágio larval, o consumo das dietas ricas em sacarose 15 e 30% atrasou o tempo para pupação e reduziu o número de pupas brancas. As moscas nascidas de larvas tratadas com sacarose 30% também tiveram uma diminuição significativa do peso corporal quando comparado com as moscas do grupo controle. O consumo de ambas as dietas elevou os níveis de glicose+trealose na hemolinfa e de triglicerídeos na hemolinfa e em homogenato do corpo total nas moscas adultas. Os níveis de H202 foram aumentados no homogenato das moscas nascidas de larvas que cresceram em ambas as dietas quando comparados ao controle; no entanto somente a dieta com sacarose 30% induziu perda da viabilidade mitocondrial. A ingestão desta dieta também causou uma diminuição na atividade das enzimas superóxido dismutase, glutationa S-transferase, acetilcolinesterase e δ-aminolevulinato desidratase, bem como um aumento na atividade da catalase em moscas adultas. A suplementação com os extratos de S. cumini e B. forficata reverteu a maioria das disfunções metabólicas e desenvolvimentais provocadas pelas dietas ricas em sacarose. No entanto, o extrato de S. cumini foi mais eficiente que a B forficata em reduzir a hiperglicemia promovida pela ingestão de ambas as dietas e as alterações no status antioxidante causadas pela dieta rica em sacarose 30%. No geral, os resultados obtidos destacam a D. melanogaster como um organismo modelo efetivo para investigar condições que alteram a homeostase metabólica e apontam principalmente a planta S. cumini como agente promissor para estudos relacionados com desordens metabólicas ligadas ao excesso de açúcar.