A representação de corpo masculino na dança em cadeira de rodas
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Data
2014-10-10Autor
Rosa, Luiz Giovani Soares da
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A Dança em Cadeira de rodas revela novas possibilidades de existência,
novas formas de vida, desenvolvendo aspectos que contribuem para a (re)
organização da vida das pessoas com deficiência física, permitindo um crescimento
pessoal com mais autonomia e integração social. Os objetivos deste estudo foram:
identificar e analisar a representação de corpo de homens que utilizam cadeira de
rodas para dançar; conhecer o perfil dos entrevistados; analisar as representações
do "próprio corpo dançante"; analisar as representações de "corpo do outro
dançante". A pesquisa teve como amostra 05 (cinco) bailarinos que possuem idades
entre 18 e 47 anos e utilizam cadeiras de rodas para dançar. Esta pesquisa se
enquadra como Pesquisa de Campo, que para Marconi e Lakatos (2006), é aquela
cujo objetivo é conseguir informações e conhecimentos acerca de um problema,
para o qual se procura uma resposta. Como instrumento deste estudo, foi utilizado a
entrevista semi-estruturada, na qual elencou-se temas, tais como: o homem na
Dança, os valores implícitos e explícitos nos discursos sobre deficiência, “o mundo
das rodas”, dentre outros. Realizou-se um planejamento com questões préelaboradas,
segundo os objetivos e o problema de pesquisa, chegando às seguintes
categorias: dados de identificação, as representações de "corpo próprio dançante",
as representações de "corpo do outro dançando” e as representações do dançarino
acerca do olhar do outro para o homem deficiente dançante. O significado do corpo
saudável, estabelecido pelo contexto social e imposto pela mídia, geralmente está
relacionando à estética. Com corpos fora destes padrões, a maioria das pessoas
com deficiência têm em seus próprios corpos uma “marca” que pode ser entendida
como sinônimo de um ser doente, e, por conseguinte, torna-se um grupo menos
aceito pela sociedade. Os corpos híbridos são marcados, ao mesmo tempo, pela
deficiência, pela performance e pela tecnologia e permitem às pessoas com
deficiências, sobretudo aos atletas, novas formas de viver, de enfrentamento e
superação de seus limites, incluindo-os na sociedade contemporânea, através da
prática esportiva e do desenvolvimento de habilidades nunca alcançados ou
permitidos.
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