Manejo de azevém e de mecanismos sulcadores na implantação e desenvolvimento de soja em terras baixas
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2017-07-21Metadatos
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A soja é uma importante alternativa no sistema de rotação com o arroz irrigado. Entretanto, características relacionadas ao solo, destacando-se a compactação e a dificuldade de drenagem, são alguns dos obstáculos a serem vencidos para que se possa produzir soja de forma rentável nessas áreas. Aliado a isso, surge também a necessidade de se rever o manejo da entressafra. A utilização de plantas de cobertura nessas áreas surge não somente como necessidade do ponto de vista de conservação do solo, mas também de renda do produtor. Porém, manejos dessas plantas devem ser buscados e melhorados, com o propósito de não prejudicar a semeadura e o desenvolvimento da cultura em sucessão. Nesse contexto, foram desenvolvidos três trabalhos em área de terras baixas sistematizada, com solo típico de áreas de várzea (Planossolo). Os estudos tiveram como objetivo: quantificar o efeito de épocas de dessecação e fenação do azevém sobre o estabelecimento inicial e desenvolvimento da soja em sucessão (Capítulo I); determinar o efeito de mecanismos sulcadores da semeadora sobre a qualidade de distribuição de sementes e estabelecimento inicial de plantas (Capítulo II); bem como sobre as características físicas do solo, crescimento de plantas e produtividade de soja em área de terras baixas com a presença de camada compactada (Capítulo III). Os experimentos foram conduzidos em campo, na área de várzea da Universidade federal de Santa Maria, durante as safras agrícolas 2015/16 e 2016/17, sendo utilizado o delineamento de blocos ao acaso. No experimento I, os tratamentos foram constituídos de dois manejos do azevém (fenação e dessecação), cinco épocas de dessecação e fenação e um pousio (sem azevém na entressafra). Para os experimentos II e III, foram utilizados mecanismos sulcadores da semeadora, sendo eles: Haste sulcadora a 0,23 m de profundidade (HS a 0,23 m); Haste sulcadora a 0,13 m (HS a 0,13 m); Disco duplo a 0,07 m e Microcamalhão+HS a 0,12 m (Micro+HS a 0,12 m). Observou-se que manejos antecipados (82, 73, 70 e 61 dias antes da semeadura da soja) proporcionam melhor qualidade do feno produzido, entretanto, a retirada de palhada da área resultou em redução no teor de potássio no solo. Além disso, independentemente da época de fenação e dessecação, a utilização da planta de cobertura aumentou a umidade do solo no momento da semeadura, reduzindo assim, o estande inicial de plantas e, consequentemente, a produtividade de grãos da soja em relação ao pousio (Capítulo I). Para os tratamentos referentes aos mecanismos sulcadores, pode-se observar que o uso da haste sulcadora na deposição do fertilizante acarretou em maior desuniformidade na deposição de sementes em profundidade (independentemente da profundidade e da utilização de aivecas), porém, não afetou a distribuição longitudinal e o estabelecimento inicial de plantas (Capítulo II). No solo, a HS a 0,23 m proporcionou o aumento da macroporosidade e a redução da resistência à penetração até a profundidade de 0,2 m. O referido tratamento, juntamente com o Micro+HS a 0,12 m, possibilitaram maior desenvolvimento do sistema radicular, da parte aérea e nodulação das plantas de soja, refletindo-se em aumento na produtividade de grãos quando comparado ao disco duplo e a HS a 0,13 m (Capítulo III).
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