Das políticas públicas de inclusão escolar à atuação do profissional de apoio/monitor
Resumo
O presente estudo intitulado “Das políticas públicas de inclusão escolar à atuação do profissional de apoio/monitor” tem como objetivo geral conhecer como ocorre a atuação do profissional de apoio/monitor no contexto de uma escola da rede privada de ensino do município de Santa Maria. O percurso investigativo é caracterizado pelo pensamento sistêmico e segue a abordagem metodológica na perspectiva da bricolagem. A partir de autores como Vasconcellos (2013) e Kincheloe e Berry (2009), parte-se da premissa de que a realidade é construída a partir das relações estabelecidas. Os estudos de Larrosa (2002) permeiam os movimentos de pesquisa e tecem redes de experiências. Uma aproximação analítica com as políticas públicas de inclusão escolar a partir do referencial teórico proposto por Maturana (2009), Maturana e Varela (2011), Meirieu (2002), Schlichting e Barcelos (2012), Carneiro (2015), Martins (2011) entre outros, permitiu uma breve caracterização da atuação do profissional de apoio/monitor previsto nos documentos legais. A rede privada de ensino, como local de pesquisa, foi mapeada através de dados estatísticos-educacionais, disponibilizados pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira – INEP, oportunizando novos movimentos de aproximação. O contexto da pesquisa se deu na escola identificada como “A”. O instrumento metodológico utilizado foi a entrevista semiestruturada, na qual participaram cinco profissionais de apoio/monitores e uma professora da educação especial. Na perspectiva de que os espaços consensuais de linguagem produzem uma realidade compartilhada, analisou-se como vem ocorrendo o serviço deste profissional em uma rede de ensino que é pouco explorada. Dois grandes eixos conduziram as análises: possibilidades de atuação e as concepções sobre o profissional de apoio/monitor no contexto escolar. Dentre as evidências, destaca-se a preferência que a escola tem por profissionais vinculados ao campo da educação especial para atuarem como profissionais de apoio/monitores, bem como um entendimento de que estes devem atuar pedagogicamente com os alunos público-alvo da educação especial matriculados na rede regular de ensino. Entre as funções exercidas estão a realização do Atendimento Educacional Especializado, verificação de planejamentos e avaliações e aplicação dos mesmos. Os sujeitos da pesquisa reconhecem que sua atuação profissional está além das funções específicas de apoio à higiene, locomoção e alimentação, assumindo responsabilidades que extrapolam o que é previsto nas políticas públicas de inclusão escolar. Observa-se que trabalhar como profissional de apoio/monitor não envolve profissão regulamentada e não constitui um campo de saber específico, mas sim uma função dentro do contexto escolar, podendo esta ser exercida por profissionais de diferentes áreas.
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