O tempo da ironia em “The love song of J. Alfred Prufrock”, de T. S. Eliot
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2016-12-13Metadatos
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A obra do poeta inglês T. S. Eliot (1888-1965) reflete um interesse temático e estético sobre o “tempo” enquanto experiência humana, seja coletiva, como história, seja subjetiva, como memória. Seu primeiro poema publicado, “The Love Song of J. Alfred Prufrock” (1916), é um experimento pioneiro na técnica do fluxo de consciência, através do qual revelam-se processos mentais de seu protagonista, Prufrock, em uma complexa construção de tempos e encadeamentos lógicos. A dimensão temporal foi, de fato, objeto de análise de diversos críticos do poema, os quais, em sua maioria, recorreram a interpretações baseadas em perspectivas filosóficas, prescindindo, todavia, de outro aspecto fundamental do poema: a ironia. Portanto, procuramos conciliar, em nosso estudo, os dois aspectos que consideramos centrais em “The Love Song”, o tempo e a ironia, atenuando a perspectiva filosófica em favor de uma abordagem estética e estilística. Para tanto, propusemos uma análise do tempo em “The Love Song”, baseada no estudo retórico de Dubois et. al. (1960), e sua interpretação a partir das visões de Søren Kierkegaard (2010; 2013) e Paul de Man (1986; 1996) sobre a relação entre ironia e temporalidade. Ao fim, constatamos que o tempo predominante no poema corresponde ao que os teóricos definem como sendo característico da estrutura da ironia: um tempo no qual o presente é sentido como tedioso ou descontínuo; o passado, como inexistente ou ficcionado; e o futuro, como prorrogado ou como angústia.
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