Aborto inseguro: uma questão de saúde pública
Resumo
Objetivo: Revisar criticamente produções científicas com o intuito de averiguar os impactos
causados pelo abortamento inseguro à saúde pública brasileira. Métodos: Foram consultadas
as bases de dados Scielo, Pubmed, Portal Capes e Biblioteca Virtual em Saúde (BVS). Além
disso, foram incluídos documentos de organizações nacionais e internacionais sobre aborto.
Foram selecionados artigos relacionados com os termos aborto induzido e saúde pública.
Resultados: A partir das buscas selecionou-se 33 artigos para análise integral. Também foram
utilizados 07 documentos obtidos de organizações em saúde e direitos humanos e outros 05
artigos por meio das referências bibliográficas dos materiais avaliados. Os estudos utilizados
caracterizam o abortamento inseguro como um grave problema de saúde pública, responsável
por significativa parcela de morbimortalidade materna. O contexto de legislações restritivas
aplicados nos países em desenvolvimento, como o Brasil, não tem contribuído para diminuir
os casos de aborto induzidos e ainda elevam a prática insegura. No Brasil, apesar do tabu, o
aborto está presente em nosso cotidiano, principalmente das mulheres de baixa renda, com
outros filhos e que tentaram evitar gestações indesejadas. Estes dados não podem ser
ignorados, negligenciando a situação de vulnerabilidade social que está associada a ele.
Conclusões: A redução dos impactos do abortamento inseguro irá advir da desmistificação,
descriminalização e fornecimento de atendimento seguro, rápido e humanizado. No entanto,
para que isso aconteça à discussão em sociedade sobre o aborto no âmbito da saúde pública e
da igualdade social é eminente.
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