Sistemas de inovação e a mudança econômica nos países de industrialização tardia: uma comparação dos esforços e desempenhos de Brasil e Coreia do Sul
Fecha
2017-01-24Metadatos
Mostrar el registro completo del ítemResumen
Esta dissertação trata da mudança econômica dos países de industrialização tardia, comparando o caso brasileiro
ao sul-coreano em dois períodos de tempo. O primeiro a partir da década de 1950 até a década de 1980, no qual
ambos os países se emparelhavam tecnologicamente (catching-up) com países mais desenvolvidos, e um
segundo período estabelecido a partir da década de 1980 até a década de 2010, em que o Brasil ficou para trás
tecnologicamente (falling-behind), e a Coreia do Sul se emparelhou e passou a liderar o processo de
desenvolvimento tecnológico (forging-ahead). Para isso, valeu-se de um referencial teórico neoschumpeteriano e
estruturalista e utilizou os conceitos Sistemas de Inovação e Mudança Econômica como conceitos nucleares. Foi
utilizado o ferramental da complexidade econômica, Product Space e o Índice de Complexidade Econômica
(ICE), para observação das trajetórias, nessa abordagem as variáveis de comércio são usadas como proxy para
compreender os diferentes desempenhos econômicos e tecnológicos dos países. O Índice de Complexidade
Econômica (ICE) evidência que a Coreia do Sul desde o início do período de análise passa gradualmente a se
emparelhar com os países desenvolvidos, figurando, no segundo período de análise, entre os países com as
economias mais complexas do mundo. O ICE mostra, corroborando com o referencial teórico adotado, que
durante o período de catching-up tecnológico brasileiro (1955-1980), o Brasil ganhou paulatinamente melhores
posições, no entanto, a partir da década de 1980, passa sucessivamente a perder posições no ranking da
complexidade econômica. Enquanto o Product Space ilustra a mudança estrutural nas economias de 1962 a
1981, quando a mudança estrutural na economia brasileira e sul-coreana foi significativa, diversificando e
sofisticando a pauta de exportação, já no período de 1981 a 2014, na economia sul-coreana a mudança estrutural
continua ocorrendo, aumentando substancialmente a sofisticação produtiva, mas na estrutura econômica
brasileira não se observa mudanças relevantes, manteve-se a diversificação similar a 1981 e sem a sofisticação
da produção. Constatou-se que as mudanças estruturais promovidas por ambos os países levaram a trajetória de
catching-up tecnológico, no entanto, enquanto a Coreia do Sul continuou promovendo mudança estrutural da
economia através da adaptação do seu modelo de desenvolvimento, e seguiu em frente no desenvolvimento
tecnológico, já o Brasil abandona o seu já esgotado modelo de substituição de importações sem a substituição
por um outro modelo, resultando no fim da promoção das mudanças estruturais e na trajetória de falling-behind
tecnológico. A análise estrutural por meio da abordagem da complexidade econômica possibilita compreender
porque a Coreia do Sul seguiu em frente e o Brasil ficou para trás.
Colecciones
El ítem tiene asociados los siguientes ficheros de licencia: