Guarda compartilhada: os significados atribuídos por filhas adolescentes
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2017-03-06Metadatos
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A guarda compartilhada por ser uma modalidade recentemente obrigatória no ordenamento jurídico brasileiro vem repercutindo nas relações familiares, especificamente no exercício das funções parentais e na possibilidade da entrada de novos membros na família. Com isso, os filhos precisam se adaptar a essa modalidade de guarda e as possíveis dificuldades enfrentadas no cotidiano das famílias. A partir disso, a pesquisa da qual se origina a presente dissertação teve como objetivo compreender os significados atribuídos por filhas adolescentes sobre as vivências de guarda compartilhada. Com este intuito, realizou-se uma pesquisa qualitativa a partir de um estudo de casos múltiplos. Participaram do estudo três adolescentes e suas famílias, as quais foram incluídas por terem sido clientes do Núcleo de Assistência Judiciária, local onde a pesquisa foi realizada, sendo este um órgão vinculado a uma Instituição Pública de Ensino Superior, do sul do país. Como instrumento de coleta de dados utilizou-se a análise documental nos prontuários dos clientes da instituição referida, o preenchimento de um formulário com os pais e com as adolescentes e uma entrevista semidirigida feita com as adolescentes. A análise dos dados foi realizada segundo a técnica de análise de conteúdo. Os resultados da presente pesquisa são apresentados e discutidos em dois artigos que compõem esta dissertação. No primeiro, as adolescentes evidenciam as vivências de guarda compartilhada como satisfatória, o que permite considerar esta modalidade de guarda como uma importante estratégia para a manutenção dos vínculos parentais após a dissolução conjugal. Como também, as participantes apontaram algumas dificuldades vivenciadas nas relações com seus pais, entretanto, parece que estas não inviabilizam a guarda compartilhada. O segundo artigo, apontou, a partir do relato das adolescentes, que as mães ainda são consideradas as principais responsáveis pelas filhas, entretanto, os pais (homens), apesar de apresentarem funções mais voltadas para o sustento familiar, mantiveram-se presentes nos cuidados com as filhas. Destacou-se ainda, a inserção de madrastas e padrastos nas relações familiares de forma não conflitiva, embora as adolescentes relatem que os pais parecem ter dificuldades de se relacionar com os novos membros da família.
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