Perfil microbiológico de ovos sem inspeção veterinária adquiridos em comércio informal do Rio Grande do Sul, Brasil
Fecha
2017-08-24Metadatos
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O consumo de ovos per capita no Brasil está em um ritmo crescente, no ano de 2010 o mesmo era de 148 ovos por pessoa/ano, ao passo que em 2015 já foi atingido o patamar de 191 ovos por pessoa/ano. Não só o consumo está crescente como também aumentou a demanda dos consumidores para ovos produzidos em sistemas menos intensivos, como no caso dos ovos caipiras. Porém, na busca por consumir ovos oriundos de sistemas de produção caipira, algumas pessoas acabam por adquirir produtos sem inspeção veterinária no comércio informal ou até mesmo criam galinhas poedeiras na sua própria casa. Entre os alimentos responsáveis por intoxicações alimentares, os ovos são incriminados como principais fontes de agentes bacterianos. Com base nesse panorama atual, este trabalho teve como objetivo avaliar a qualidade microbiológica dos ovos no comércio informal do Rio Grande do Sul. As amostras de 480 ovos (separadas em clara, gema e casca) foram processadas de acordo com a Instrução Normativa nº 62/2003 e Portaria nº 01/1990, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Todas as amostras atingiram ao preconizado na lei quanto avaliada a contagem de mesófilos aeróbicos, porém não se obteve resultados satisfatórios para as exigências relativas a presença de Staphylococcus spp. e coliformes totais. Além da contagem bacteriana, também foram diagnosticadas diversas enterobactérias nos ovos crus, estando mais frequentes Escherichia coli, Citrobacter freundii, Enterobacter cloacae, Enterobacter aerogenes, Cedecea sp. e Edwardsiella ictaluri. As sujidades externas do ovo tiveram correlação estatística positiva significativa com a contaminação bacteriana da clara e gema. Por conseguinte, concluiu-se que os ovos amostrados apresentaram resultados insatisfatórios para quase todas as avaliações quantitativas, estando dentro das normas exigidas apenas com relação aos mesófilos aeróbicos. Foram evidenciadas bactérias potencialmente causadoras de doenças transmitidas por alimentos, com especial atenção para Escherichia coli como a mais presente nas amostras na maioria das cidades avaliadas. O gênero Salmonella spp. não foi encontrado em nenhuma amostra. A presença em elevado número de Staphylococcus spp. na clara e gema demonstra a necessidade de expansão da investigação desse patógeno em alimentos, pois há forte indícios de subdiagnóstico desse patógeno tanto em intoxicações alimentares quanto em alimentos para consumo humano.
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