Qual a melhor escolha: gêneros textuais na Internet ou da Internet?
Abstract
Resumo: Dificilmente, nos dias de hoje, fala-se em mudanças e inovações no contexto
educacional sem fazer menção ao uso das Tecnologias da Informação e Comunicação
(TICs). Essa assertiva sustenta-se nas inúmeras tentativas em desenvolver práticas que consolidem o elo indissociável entre educação e tecnologias. Alimentando essas
expectativas, percebe-se a viabilidade em inserir na prática de ensino os gêneros textuais digitais, trabalhados a partir de seu contexto real de uso e não simplesmente como um instrumento pedagógico. Focalizando tal proposta, este artigo tem por objetivo explicitar a relevância em não mais “divorciar” gêneros textuais versus contexto funcional bem como alunos versus contexto digital. Assim visto, utilizou-se a Teoria da Atividade, proposta por Leontiev (1978), como metodologia de trabalho. Sob essa luz, pretendeu-se neste artigo resgatar e salientar a indiscutível proeminência do contexto na prática de ensino. Todas as atividades executadas em nosso dia a dia fazem parte de um contexto, as quais atendem as necessidades impostas por este último. Então, como trabalhar os gêneros textuais digitais descontextualizados? Dessa forma, a tese norteadora deste estudo foi instigar o reconhecimento, por parte dos profissionais da linguagem, de que os gêneros textuais, em especial os digitais, existem dentro de seus respectivos sistemas sociais, fora deles são instrumentos pedagógicos. Além disso, salientou-se ainda que, cabe a esses profissionais, inserir, sempre que possível, o alunado no contexto digital, viabilizando assim, um processo de ensino que se sustente na tríade gêneros textuais digitais – contexto – tecnologias.