Genotoxicidade, atividade proliferativa e análise fitoquímica dos extratos aquosos e do óleo de Origanum majorana L.
Resumo
As plantas medicinais são culturalmente utilizadas pela população brasileira na cura e no tratamento de doenças e essa prática é favorecida pelo fato do Brasil ser rico em biodiversidade favorece esta prática. Entre as plantas medicinais usadas tem-se a manjerona (Origanum majorana L.) pertencente à família Lamiaceae. Esta espécie é comumente utilizada como aromática, analgésica, antioxidante, antisséptica, digestiva, expectorante e na culinária. Assim, o presente trabalho teve como objetivos analisar a genotoxicidade e a atividade proliferativa dos extratos aquosos e do óleo das folhas de manjerona sobre o ciclo celular de Allium cepa L., além de verificar a composição fitoquímica através de cromatografia. Os extratos aquosos foram preparados a partir das folhas de manjerona que foram cultivadas em ambientes distintos (campo e estufa) e com dois métodos de secagem (natural à sombra e em forno micro-ondas). Para extração do óleo essencial foram utilizadas folhas frescas. A avaliação da genotoxicidade e atividade proliferativa através do teste de Allium cepa foram conduzidas em laboratório através do delineamento inteiramente casualizado com 13 grupos de bulbos em 5 repetições. Os tratamentos foram constituídos de água destilada, glifosato 2%, infusão das folhas de manjerona com concentrações de 6 e 12 g L-1, óleo essencial diluído a 0,075% e álcool etílico. Esses tratamentos foram divididos tendo como base dois métodos de secagem de folhas: em temperatura ambiente (natural) à sombra e em forno micro-ondas, a fim da comparação da composição fitoquímica dos extratos aquosos. Para a análise genotóxica e da capacidade proliferativa foram preparadas lâminas pela técnica de esmagamento da região meristemática da raiz e coloração com orceína acética 2%, possibilitando a observação das diferentes fases da divisão mitótica durante o ciclo celular. Os resultados obtidos através do teste de Allium cepa demonstram que os tratamentos com as infusões e óleos de manjerona possuem efeito antiproliferativo e genotóxico. O óleo de manjerona 0,075% possui atividade antiproliferativa e potencial genotóxico. As análises cromatográficas indicaram que o componente majoritário dos óleos essenciais de manjerona em ambos os ambientes de cultivo foi Terpineno-4-ol, sendo que a concentração deste componente foi maior no cultivo em estufa, e nos extratos aquosos o componente majoritário foi o ácido clorogênico, com redução deste componente na produção em campo. A interação de tratamento dentro de cada ambiente de cultivo com relação ao índice mitótico mostra diferença entre as concentrações no cultivo em campo e não entre as concentrações no cultivo em estufa. A interação de tratamento dentro de cada método de secagem referente o índice mitótico nas concentrações de 6 g.L-1 e 12 g.L-1 não apresenta diferenças.
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