Crescimento de Enterolobium contortisiliquum (Vell.) Morong em formações florestais secundárias em Santa Maria, RS
Resumo
Este trabalho teve por objetivo avaliar a influência das variáveis dendrométricas, morfométricas e qualitativas no incremento periódico anual em área basal de árvores livres e sob competição de Enterolobium contortisiliquum. (Vell.) Morong. com vistas à tomada de decisões sobre o manejo da espécie. O estudo foi realizado na região Central do estado do Rio Grande do Sul, na cidade de Santa Maria. Os indivíduos foram mensurados e coletadas as variáveis dendrométricas, morfométricas e qualitativas. Os dados de incremento dos últimos 5 anos foram obtidos pela análise de rolos de incremento, coletados com a utilização do trado de Pressler. Para a determinação da densidade entre as árvores na floresta, foi calculada a área basal no ponto de amostragem por hectare baseado na metodologia de Bitterlich. A timbaúva difere entre as condições em suas variáveis dendrométricas e morfométricas, porém indivíduos sob competição variam mais entre si que os indivíduos livres de competição. A altura do fuste nos indivíduos livres de competição e as variáveis Índice de abrangência e formal de copa nos indivíduos sob competição não sofrem variação com o aumento dos valores de DAP. A forma da copa dos indivíduos livres de competição varia de perfeita a tolerável, a copa perfeita é verificada em sua maioria nos indivíduos acima dos 40 cm de DAP. Nos indivíduos sob competição existe uma variação de formas de copa, sendo atribuído para a maioria dos indivíduos a classificação de forma da copa boa. A densidade de copa dos indivíduos livres e sob competição é menor nos indivíduos abaixo dos 40 cm de DAP. Os indivíduos sob competição possuem características de dossel, sendo classificados quanto a sua posição sociológica em dominantes e codominantes. Quanto melhor for a forma e a densidade da copa, maior for a inclinação do terreno e a classificação da posição sociológica nos indivíduos sob competição maior será a altura do fuste. O diâmetro de copa dos indivíduos é estimado em função do diâmetro a altura do peito pelo modelo linear simples DC= -b0+b1*√dap para ambas condições. A altura do fuste dos indivíduos livres de competição possui um comportamento de crescimento definido por média de 2,20 m aproximadamente, sendo característico da espécie bifurcar-se próximo à base na ausência de competição. Nos indivíduos sob competição a altura do fuste pode ser explicada em função do diâmetro a altura do peito pela equação HF=b1*√dap. Sob competição, a altura total sofre influência da densidade do povoamento diferindo em nível para as condições existindo a necessidade do uso de modelos distintos, sendo estimada pela equação HT=b1*√dap+b2*G(bit) e para os indivíduos livres de competição pela equação HT=b1*√dap. O crescimento em área basal da E. contortisiliquum pode ser estimado pela análise dos anéis de crescimento tronco e existem diferenças no crescimento entre as duas condições. O IPAg dos indivíduos livres de competição é explicado em função do DAP e nos indivíduos sob competição é explicado em função do DAP e acréscimo da variável qualitativa proximidade da água.
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