Rotas em fuga – a saga de Carolina Maria de Jesus em uma perspectiva rizomática
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2017-08-18Metadatos
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Esse trabalho parte de inquietações reproduzidas em minha prática docente acerca da representação do negro. Diante dessa problemática utilizo o discurso da autora mineira Carolina Maria de Jesus que converge para uma retomada de novas apreensões no que se refere ao lugar, ou entre-lugar dimensionado para o negro na sociedade do final do século passado e suas reverberações nos anos seguintes. Suponho que a narrativa dessa escritora se expande como um sinalizador de que a democracia racial, promulgada por Gilberto Freyre, mais negligencia a figura do negro como partícipe da história nacional do que o inclui dentro de uma perspectiva social, republicana e de viés capitalista que se pretendia para a época. A partir desse entrave constato que em algumas produções da autora Carolina Maria de Jesus se verifica as contradições reais do processo histórico de passagem do sistema monárquico para o republicano, a ponto de se perceberem, desde esse tempo, os procedimentos de exclusão e exploração a que essa etnia fora sujeita. Com o resgate dessa figura complexa de identidade e diferença, julgo que o discurso carolineano se manifesta através da dobra foucaultiana e se impõe como uma existência clarão, de onde se pode visualizar todo um movimento de saga que realiza na busca inconstante por agenciamento. A leitura de seu discurso passa pelas considerações de Gilles Deleuze e Féliz Guattari a fim de admiti-la como uma leitura possível dentro de uma perspectiva rizomática. Nessa instância pressinto que esse discurso ganha uma ressignificação e aponta para a subversão dos moldes de uma cultura construída sobre padrões homogeneizantes.
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