Cárie dentária e aumento de volume gengival em pacientes ortodônticos
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Data
2017-06-22Terceiro membro da banca
Ardenghi, Thiago Machado
Quarto membro da banca
Marquesan, Mariana
Metadata
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Esta tese é composta por três artigos, cujos principais objetivos foram: 1. Determinar a associação entre o tempo
de uso de aparelho ortodôntico fixo e a ocorrência de aumento de volume gengival (artigo 1) e atividade de cárie
dentária (artigo 2) entre pacientes ortodônticos; 2. Avaliar a incidência/incremento de cárie dentária ativa em
pacientes ortodônticos após um ano de acompanhamento (artigo 3). A amostra foi composta por indivíduos que
buscaram e/ou estavam em tratamento ortodôntico em uma Escola de Especialização em Ortodontia de Santa
Maria-RS. Nos estudos transversais (artigos 1 e 2), 260 pacientes foram divididos em quatro grupos distintos:
G0, sem aparelho (grupo controle); G1, com aparelho fixo há um ano (10-14 meses); G2, com aparelho fixo há
dois anos (22-26 meses) e G3, com aparelho fixo há três anos (34-38 meses). No estudo longitudinal (artigo 3), a
amostra foi composta por 135 pacientes divididos em dois grupos distintos: G0, sem aparelho (grupo controle);
G1, indivíduos usando o aparato ortodôntico fixo há um ano (10-14 meses). Inicialmente, os indivíduos
responderam a um questionário sobre características sócio demográficas e hábitos de higiene bucal. Em seguida,
foram submetidos ao exame clínico, que incluiu índice de acúmulo de biofilme bacteriano, índice gengival,
limpeza profissional, secagem, índice de cárie dentária, e avaliação do aumento de volume gengival. A
associação entre os desfechos e as variáveis independentes foi avaliada através de modelos de regressão de
Poisson. Nos artigos 1 e 2, observou-se, respectivamente, ocorrência crescente de aumento de volume gengival e
de atividade de cárie entre os grupos G0, G1 e G2 (p<0,05), não tendo sido detectada diferença entre os grupos
G2 e G3 (p>0,05). O artigo 1 demonstrou, ainda, que indivíduos submetidos a tratamento ortodôntico
apresentaram risco 20-28 vezes maior de apresentar aumento de volume gengival do que aqueles sem aparelhos
ortodônticos (G1, razão de taxas [RT] = 20,2, IC 95% = 9,0-45,3; G2, RT = 27,0, IC 95% = 12,1-60,3; G3, RT =
28,1, IC 95% = 12,6-62,5). A incidência de lesões de cárie ativa, ilustrada no artigo 3, foi de 4,8% no G0 e de
39,6% no G1. Pacientes com aparelho ortodôntico fixo há um ano apresentaram um risco aproximadamente 9
vezes maior de desenvolver pelo menos uma lesão de cárie ativa quando comparados ao G0 (razão de incidência
[RI] ajustada = 9,47 [IC95% = 2,62-34,30]). O incremento médio de lesões ativas foi de 0,14 no G0 e 0,61 no
G1, indicando que pacientes usando aparelho fixo apresentaram um risco aproximadamente 4 vezes maior de
desenvolver uma lesão ativa adicional do que pacientes do grupo controle (RI ajustada = 4,13 [1,94-8,79]).
Assim, observou-que uma associação significativa entre o tempo de uso de parelho ortodôntico fixo e a
prevalência de aumento de volume gengival e de cárie dentária ativa, e também entre o uso do aparato fixo e a
incidência e o incremento de lesões ativas de cárie após um ano de acompanhamento.
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