Efeitos da interação entre fósforo e excesso de ferro nas características morfométricas e fisiológicas de cultivares de arroz (Oryza sativa L.)
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2017-06-26Metadatos
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O ferro (Fe) é um micronutriente importante para vários processos fisiológicos das plantas. No entanto, a toxicidade de Fe é um problema que afeta muitas áreas de arroz cultivadas em ambientes de terras baixas. A interação antagonista entre Fe e fósforo (P) é um assunto de interesse considerável em ambientes inundados. As respostas de distintas cultivares a diferentes níveis de aproveitamento de P em condições de excesso de Fe, podem fornecer subsídios para uma maior tolerância e eficiência na absorção de nutrientes. Este trabalho teve por objetivo caracterizar os efeitos da nutrição fosfatada em cultivares de arroz submetidas à toxidez por Fe, identificando possíveis mecanismos de tolerância. Antes de estudar a interação do P e Fe no crescimento do arroz em solução nutritiva, três cultivares de arroz (Irga 425, Irga 424 e Br/Irga 409) foram cultivadas em diferentes concentrações de P (2,5, 15, 25 e 35mg L-1) e de Fe (2, 100, 200 e 300mg L-1) afim de verificar a variação das respostas das cultivares a parâmetros de crescimento de raízes e de parte aérea, bem como os parâmetros fotossintéticos. Verificou-se que as maiores respostas da taxa de assimilação líquida de CO2 e eficiência de carboxilação da Rubisco foram obtidas nas concentrações de 15 e 25mg L-1 de P. Os maiores danos morfométricos radiculares, a menor taxa de assimilação líquida de CO2, eficiência de carboxilação da Rubisco e a menor produção de massa seca de parte aérea e de raiz foram observados nas concentrações de 200 e 300mg L-1 de Fe. Diante dos resultados, foram selecionadas as concentrações de P (2,5, 15, 25mg L-1) e de Fe (200mg L-1) para obtenção de respostas morfométricas radiculares, nutricionais, fisiológicas e bioquímicas em cultivares de arroz. Em um experimento, as cultivares foram expostas ao excesso de Fe (200mg L-1) combinado com as concentrações de P (2,5, 25mg L-1) em solução nutritiva durante 15 e 22 dias. O excesso de Fe alterou a organização do centro quiescente, reduzindo número de células do meristema apical, refletindo em alterações no padrão de divisão celular. Com o aumento na concentração de P, em condições de excesso de Fe, a cultivar Irga 425 apresentou maior resposta dos parâmetros morfométricos radiculares (comprimento de raízes, área superficial e volume radicular), maior concentração de P no tecido de parte aérea e eficiência de absorção de P do que as cultivares Br/Irga 409 e Irga 424. Com exceção da concentração de Fe e manganês nos tecidos da parte aérea, o aumento na concentração de P na solução nutritiva, em condições de excesso de Fe, não influenciou na absorção de cobre e zinco. Em experimento utilizando areia como substrato, as cultivares foram submetidas a diferentes concentrações de Fe (2 e 200mg L-1) combinadas com concentrações de P (2,5, 15mg L-1) em solução nutritiva. No geral, todas as cultivares apresentaram algum grau de sensibilidade ao excesso de Fe, que causou comprometimento da taxa de assimilação líquida de CO2, condutância estomática, reduções nas concentrações de clorofila, os quais refletiram em reduções no crescimento. A cultivar Irga 425 apresentou maior capacidade de utilização do P, em condições de toxidez de Fe, por meio de incrementos na atividade fotossintética e na atividade da superóxido dismutase.
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