A cooperativa agroindustrial Lar sob a ótica do território: uma relação hibrida cooperativa/empresa
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2017-05-05Metadatos
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A Cooperativa Agroindustrial Lar surgiu como um empreendimento de imigrantes no Oeste do Paraná e se tornou uma importante agroindústria com o passar das décadas. Assim, portanto, o tema da pesquisa aborda a territorialização dessa cooperativa. Trata-se de compreender o seu território e as suas redes com as suas lógicas no uso também do território paraguaio. A proposta é compreender a caracterização de simultaneidade cooperativa/empresa e a particularidade das organizações cooperativas. A partir do método dialético, visa-se detectar as contradições geradas na relação cooperativa/empresa no interior do modo capitalista de produção, e é na técnica do estudo de caso que se busca entender a lógica dessa territorialização, que se enquadra na abordagem qualitativa para a coleta de dados. Os instrumentos metodológicos em primeiro nível da pesquisa são os documentos, cadastros, revistas de desempenho, relatórios anuais do ano de 2000 a 2015, livros da história da cooperativa de 2005 e 2014, entre outros. Também contam os resultados da participação observante e as entrevistas semiestruturadas realizadas, seja com cooperados, seja com não cooperados, seja com gestores da cooperativa – informantes-chave para a investigação. A cooperativa em estudo passa pela ação do Estado na construção do Complexo Agroindustrial (CAI) e isso implica a desterritorialização do Complexo Rural, que reflete instantaneamente a dinâmica do processo produtivo no interior das unidades produtivas dos cooperados. Nesse sistema, o que antes era separado ─ a agricultura, a indústria e os serviços, ou seja, os setores primário, secundário e terciário ─, passa a compor um complexo sistema produtivo que incorpora os setores da economia em um sistema organizacional único. Assim, a Cooperativa Lar passou por sucessivas alterações em sua razão social, estando estritamente ligada às metamorfoses presentes no setor produtivo desde a sua formação. As formações dos CAIs estão ligadas às transformações ocorridas no interior do setor cooperativista – neste caso da Cooperativa Lar. Para desenvolver esse sistema ocorreu o agigantamento da cooperativa em estudo, ampliando a sua territorialização, que passou de local, para regional e para regional em rede. Nesse processo, essa cooperativa, de híbrida (cooperativa/empresa), vai se moldando aos ditames do CAI e acaba por mudar a razão social. A atuação dessa cooperativa com empresas controladas, neste caso, a Lar Paraguai, é um ambiente de transformação, adaptação e reestruturação do cooperativismo, buscando, como resultado, a diversificação e o valor agregado. Diversificam-se as relações e se adaptam novas estruturas produtivas verticalizadas pelo parque agroindustrial ancorado no sistema de integração agricultura/ indústria/ comércio/ finanças próprios do CAI. Assim, o mercado determina os investimentos e as ações da Cooperativa Lar, que incorpora a valorização do capital, passando a atuar de diversas formas para a obtenção de resultados positivos. Essas ações tornam o sistema cooperativista contraditório/híbrido, atuando como empresa/cooperativa, a primeira ligada ao mercado competitivo dos indicadores econômico/financeiros e a segunda tentando ser fiel aos princípios e à lei, ligadas aos indicadores de eficiência social.
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