Cultura de segurança do paciente na atenção primária à saúde
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2017-06-28Metadatos
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Este estudo teve por objetivo avaliar a cultura de segurança do paciente na Atenção Primária à Saúde de um município da região centro-oeste do Estado do Rio Grande do Sul, Brasil. Estudo transversal, realizado em 2016, com profissionais da área da saúde atuantes na Atenção Primária à Saúde do município de Santa Maria/RS. Para avaliação da cultura de segurança, utilizou-se a versão brasileira do Safety Attitudes Questionnaire Ambulatory Version (SAQ-AV) e questões complementares para caracterização sociodemográfica e laboral dos participantes. Os dados foram organizados no programa Epi-Info®, versão 6.4, e analisados no programa PASW Statistics®. O SAQ-AV foi mensurado pela pontuação total e por seus nove domínios. Foram considerados indicadores de atitudes de segurança positiva os escores ≥7,5. Participaram 254 profissionais dos 28 serviços de saúde (Unidade Básica de Saúde, Estratégia e Saúde da Família, unidades mistas e gestão). Predominaram trabalhadores do sexo feminino (81,1%); com idade entre 22 e 39 anos (53,6%); casados ou que viviam com companheiro (65%); que trabalhavam em ESF (44,1%), cumpriam turno misto de trabalho (84,6%); trabalhavam havia mais de 13 anos (36%); não possuíam outro emprego (78,7%); gostavam do seu emprego (97,2%); a forma de contato com o paciente direta (96,1%). O escore total do SAQ-AV variou entre 3,4 e 8,4 com média 7,0 (±9,3). A consistência interna do SAQ-AV foi 0,86. Evidenciou-se avaliação positiva somente no domínio Segurança do Paciente. O SAQ-AV Total apresentou diferença significativa para cultura positiva na percepção dos Técnicos de Enfermagem e profissionais da Estratégia Saúde da Família. O domínio Satisfação no Trabalho foi significativo para cultura positiva nas categorias profissionais de Técnicos de Enfermagem, Agente Comunitário de Saúde, Médicos e Auxiliares de Enfermagem, e a Comunicação apresentou maiores percentuais de avaliação positiva pelos Técnicos de Enfermagem. Dentre as categorias profissionais, somente os Agentes Comunitários de Saúde foram classificados com cultura positiva no domínio Educação Permanente. Profissionais com idade entre 40 e 63 anos apresentaram significativamente maiores percentuais para o baixo reconhecimento do estresse. Os participantes citaram sugestões para aperfeiçoar a segurança do paciente que foram agrupadas em: Protocolos para Segurança do Paciente na Atenção Primária à Saúde; Capacitações; Ambiente de Trabalho e Infraestrutura; Condições e Sobrecarga de Trabalho; Comunicação; Erro; Resolutividade. Conclui-se que a cultura de segurança no ambiente da Atenção Primária à Saúde pesquisado precisa ser efetivada. Fortalecer as Redes de Atenção à Saúde, construir parcerias, envolver os pacientes no cuidado, discutir e dialogar sobre a segurança do paciente entre a equipe e no contexto da realidade institucional são importantes medidas para a cultura de segurança ser solidificada.
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