Efeito da solução de hipoclorito de sódio em pH alto e sua interação com clorexidina nas propriedades viscoelásticas de um biofilme experimental
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2017-07-26Metadatos
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A presente tese é constituída por dois artigos que avaliaram a influência das soluções irrigadoras nas
propriedades viscoelásticas do biofilme. O primeiro artigo investigou a influência do NaOCl 3% com pH
alcalino, estabilizado com adição de álcali ou solução tampão, nas características viscoelásticas de um modelo de
biofilme (CDFF). Cepas bacterianas de S. oralis J22 e A. naeslundii T14v – J1 foram cultivadas em placas de
ágar e introduzidos no sistema CDFF onde o biofilme foi cultivado durante 96h a 37 °C sob o fornecimento
contínuo de caldo BHI modificado. O sistema estava equipado com 15 porta-amostras que continham 05 discos
de hidroxiapatita (HA), com um recesso de 250 μm. Os discos de HA foram previamente cobertos, durante 14h a
4°C, com uma solução tampão adesiva preparada a partir de saliva humana liofilizada (1,5 g/l). As amostras
foram divididas em 05 grupos (n=05): Grupo Controle – sem tratamento; Grupo NaOH – proporção de 1:1 de 2
mol/l de NaOH com água Milli-Q; Grupo NaOCl 3% padrão; Grupo NaOCl 3% estável – (1:1) de NaOCl 6%
com 2 mol/l de NaOH e Grupo NaOCl 3% tamponado – (1:1) de NaOCl 6% com tampão de fosfato dissódico
(Na2HPO4). Foram aplicados 20 μl de cada solução sobre o biofilme em 02 tempos: 60s e 300s. Os espécimes
foram submetidas ao teste de compressão de baixa carga (LLCT) com deformações induzidas de 20% e 50%
aplicadas em 01s. O relaxamento (%) e os elementos E1 (elemento rápido: intervalo de tempo t1 = 0,01s a 0,5s),
E2 (intermediário: t2 = 0,5s a 3s) e E3 (lento: t3 = 3s a 100s) foram monitorados durante 100s. As amostras
também foram submetidos a tomografia de coerência ótica (OCT), onde a espessura do biofilme foi mensurada
antes e após. Os dados foram submetidos a análise de variância. Nenhuma diferença estatística foi observada nos
valores do relaxamento de tensão, não houve diferença entre os elementos e entre a espessura do biofilme antes e
depois do tratamento, independentemente do tempo (p >0.05). Concluiu-se que o NaOCl, com uma maior
capacidade alcalina, não foi capaz de alterar as propriedades viscoelásticas do biofilme. O segundo estudo
avaliou a interação entre o NaOCl 3% com a clorexidina (CHX) 2% sobre as propriedades viscoelásticas
descritas acima. O mesmo biofilme experimental foi usado, diferindo nos grupos como segue (n=05): Grupo
NaOCl 3% (controle); Grupo CHX 2% (controle 2); Grupo CHX 2% + NaOCl 3% e Grupo NaOCl 3% + CHX
2%. Nos grupos combinados, um neutralizante foi usado entre as trocas. 20 μl foram aplicados, porém apenas
por 60s. As amostras foram submetidas as análises por LLCT e OCT, sendo as mesmas variáveis avaliadas.
Nenhuma diferença estatística foi encontrada para os grupos em relação ao relaxamento, elementos e espessura
do biofilme (p >0.05). Para este estudo, concluiu-se que o uso combinado do NaOCl com a CHX não foi capaz
de alterar a viscoelasticidade do biofilme. Diante dos resultados apresentados nos dois trabalhos,
compreendemos que o uso do NaOCl com pH alcalino estável ou sua associação com CHX, não foi capaz de
modificar as características viscoelásticas de um biofilme dupla-espécie.
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