Adesão microbiana à superfície restauradora: influência das características do material na formação de biofilme
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2017-07-14Metadatos
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A presente tese foi estruturada em dois estudos, apresentados em forma de artigo, que investigaram o efeito de características de superfície na adesão bacteriana e formação de biofilme sob materiais restauradores. O primeiro artigo avaliou o efeito do desgaste com pontas diamantadas e envelhecimento hidrotérmico sobre as características superficiais do material e adesão bacteriana sobre uma superfície de cerâmica Y-TZP. Para isso, espécimes Y-TZP foram divididos em 6 grupos de acordo com dois fatores: desgaste (3 níveis: apenas sinterizado [controle], desgaste ponta diamantada extra-fina [grão de 25 μm] e desgaste com ponta diamantada grossa [grão de 181 μm]) e envelhecimento hidrotérmico (presença/ausência). Foram analisadas a transformação de fase (difractômetro de raios X), rugosidade superficial, padrões micromorfológicos (microscópio de força atômica) e ângulo de contato (goniômetro). A adesão bacteriana (UFC/biofilme) foi quantificada utilizando um modelo de biofilme polimicrobiano in vitro. Tanto o tratamento superficial quanto o envelhecimento hidrotérmico promoveram um aumento no conteúdo de m-fase. Os valores de rugosidade aumentaram em função do aumento do tamanho do grão. A desgaste com ponta diamantada grossa resultou em valores significativamente menores de ângulo de contato (P <0,05) quando comparados com os grupos de granulação fina e controle, enquanto não houve diferenças (P <0,05) após a simulação de envelhecimento hidrotérmico. Os resultados de UFC/biofilme mostraram que nem o tratamento superficial nem a simulação de envelhecimento hidrotérmico afetaram significativamente a aderência bacteriana (P>0,05). Assim, concluiu-se que o desgaste com pontas diamantadas e o envelhecimento hidrotérmico modificaram as propriedades de superfície da cerâmica Y-TZP; Contudo, estas propriedades não tiveram efeito significativo na adesão bacteriana na superfície do material. Posteriormente, o segundo artigo sumarizou os dados disponíveis a respeito de como os métodos de acabamento e polimento afetam as propriedades superficiais de diferentes materiais restauradores em relação à adesão bacteriana e à formação de biofilme através de uma revisão sistemática. As buscas foram realizadas nas bases de dados MEDLINE-PubMed, EMBASE, Cochrane-CENTRAL e LILACS. Dos 2.882 artigos potenciais encontrados nas buscas iniciais, apenas 18 preencheram os critérios de elegibilidade e foram incluídos na revisão (12 estudos in vitro, 4 estudos in situ e 2 ensaios clínicos). A análise do risco de viés apresentou apenas 2 estudos como baixo risco (enquanto 11 alto risco, 5 médio risco), bem como alta heterogeneidade entre os estudos. Assim, somente análises descritivas, considerando o desenho do estudo, materiais, intervenção (acabamento / polimento), rugosidade e protocolo de formação de biofilme (adesão bacteriana) puderam ser executadas. Algumas conclusões puderam ser extraídas: o impacto da rugosidade sobre a adesão bacteriana parece não estar totalmente relacionado com um limiar de rugosidade, principalmente em estudos laboratoriais; A variação de rugosidade da superfície entre diferentes métodos de polimento é ampla e material-dependente; Acabamento/desgaste invariavelmente cria uma superfície mais rugosa e deve ser sempre seguido por um método de polimento; O desenho de estudo in vitro parece não ser uma ferramenta efetiva para obter informação com relevância clínica sobre o tema de estudo, enquanto os desenho de estudo in vivo e in situ são mais recomendados.
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