Práticas de cuidado no puerpério de enfermeiras em estratégia de saúde da família
Fecha
2017-05-15Metadatos
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O cuidado durante o puerpério precisa acontecer de forma qualificada e integral, de modo que se possa identificar precocemente intercorrências e, principalmente, atender as necessidades fisiológicas e psicológicas das mulheres. Além da prevenção de agravos, a assistência no período puerperal precisa promover conforto físico à puérpera com a oferta de ações educativas que proporcionem condições para cuidar de si e de seu filho. Diante da complexidade da vivência desse processo, os profissionais de saúde que atendem as puérperas precisam prestar uma assistência pautada na escuta ativa e sensível, considerando suas peculiaridades e englobando aspectos biológicos, físicos e emocionais. Sendo assim, este estudo apresentou como questão de pesquisa: quais as práticas de cuidado no puerpério de enfermeiras em Estratégia de Saúde da Família? Objetivando conhecer as práticas de cuidado no puerpério de enfermeiras em Estratégia de Saúde da Família. Trata-se de estudo de abordagem qualitativa, de campo e de caráter descritivo, desenvolvido em Unidades de Saúde da Família da zona urbana do município de Santa Maria, Rio Grande do Sul. Participaram nove enfermeiras. Os critérios de inclusão foram enfermeiras que trabalhavam nas Unidades de Saúde da Família da zona urbana do município e os de exclusão, enfermeiras que apresentavam tempo de atuação no serviço inferior a seis meses. Os dados foram coletados entre dezembro de 2016 e janeiro de 2017 por meio de uma entrevista semiestruturada e analisados conforme a proposta operativa. A realização do estudo respeitou os preceitos éticos previstos na resolução nº 466, de 12 de dezembro de 2012 e os processos do Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal de Santa Maria. Os resultados apontaram que as enfermeiras percebem o puerpério como um período importante de adaptações, mudanças e transformações, que envolve alterações fisiológicas e hormonais, em que podem ocorrer intercorrências. As ações desenvolvidas quando as puérperas não retornam para a consulta de puerpério, giram em torno da realização da visita domiciliar, parceria com os agentes de saúde, captação das puérperas na realização do teste do pezinho, ligações telefônicas e presença de um livro de registro ou ficha espelho da carteira da gestante, na unidade. As consultas puerperais acontecem em torno de uma ou duas vezes no período de até 30 dias e são realizadas, majoritariamente pelas enfermeiras, as quais desenvolvem ações como a realização do exame físico obstétrico, cuidados com a incisão da cesariana ou episiotomia, orientações acerca da amamentação, avaliação de aspectos emocionais e orientação a respeito do planejamento reprodutivo. Acredita-se que este estudo possa contribuir para a efetivação do cuidado durante o puerpério, no âmbito das Unidades de Saúde da Família, uma vez que aborda inúmeras estratégias que podem ser utilizadas pelas equipes para que assistência puerperal aconteça nesses serviços. Além disso, também foi possível sinalizar algumas lacunas na atenção ao puerpério, na perspectiva da Estratégia de Saúde da Família, o que pode possibilitar a discussão acerca da problemática entre profissionais e gestores, permitindo a busca pela qualificação do cuidado neste período.
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