Linhas e nós no acesso aos serviços de saúde pelas pessoas com deficiência - um olhar para educação
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2018-05-24Metadatos
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O tema da deficiência tem tomado espaço nos nichos de produção de saúde, levando a reflexões diante da formação em saúde para atenção a estes usuários. O objetivo desta pesquisa foi compreender as barreiras existentes no acesso das pessoas com deficiência aos serviços de atenção à saúde de Palmeira das Missões/RS sob a ótica dos trabalhadores de saúde. Trata-se de uma pesquisa de campo, exploratória, descritiva com abordagem quanti-qualitativa. A coleta de dados ocorreu em duas etapas, a primeira com questionário autoaplicável e, a segunda com a realização de grupo focal. O cenário do estudo foram nove serviços de saúde de Palmeira das Missões/RS, incluindo a atenção básica e hospitalar. Compuseram a pesquisa na primeira etapa 110 trabalhadores de saúde e, 14 na segunda etapa. Destaca-se que os preceitos éticos e legais da pesquisa foram respeitados. Para análise quantitativa os dados foram digitados e analisados no Programa Excel e, após realizada a análise descritiva, com cálculos de percentuais e intervalos de confiança de 95%. A correlação entre as variáveis foi realizada a partir do Programa Statistical Package for the Social Sciences, sendo aplicado o teste qui-quadrado. Os dados qualitativos foram submetidos a Análise de Conteúdo proposta por Bardin. Estes por sua vez foram discutidos sob a ótica da dialética por compreender o movimento entre a escolha do método de pesquisa e a base política, social e cultural desta pesquisa. O resultado apontou um grupo de trabalhadores 80% do sexo feminino, média de idade de 40,9 anos, tempo de serviço média de 10,4 anos, não participaram do Programa de Educação pelo Trabalho – Redes de Atenção 71,3% deles, o maior quantitativo foi de técnicos de enfermagem (38,5%,). Referente a receber informação sobre pessoas com deficiência durante a formação 66, 1% disse não e durante a atuação profissional 65,1% também declaram não haver recebido. Sobre atender estes usuários 90% disse ter atendido nos últimos três meses, sendo a maioria com deficiência mental – 76,5%, os atendimentos ocorreram no serviço em 78,7% dos casos. Para os trabalhadores o serviço de saúde onde atuam atende pessoas com deficiência (97,2%) em uma média de 57,52% atendimentos no trimestre. Emergiram da pesquisa duas categorias - Educação permanente como estratégia para minimizar as barreiras de acesso aos serviços de saúde pelas pessoas com deficiência e, Rede de atenção à pessoa com deficiência – desatando nós no entrelace de fios. Foi possível contrapor o disposto entre a legislação vigente, o material teórico sobre a temática e a realidade dos serviços de saúde. Ao findar o estudo pode-se dizer que o restrito conhecimento sobre estes usuários desde a formação, a falta de investimento da gestão, os entraves burocráticos e a atual dinâmica da Rede de Atenção às Pessoas com Deficiência são as principais barreiras para o acesso aos serviços de saúde em Palmeira das Missões, reconhecidos pelos trabalhadores de saúde. Elucidados os objetivos desta pesquisa tem-se como sugestão desenvolver ações de pesquisa e extensão que possam minimizar as barreiras de acesso das pessoas com deficiência aos serviços e saúde.
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