Vínculo afetivo entre mãe-filho: limites e possibilidades do desenvolvimento da autonomia dos estudantes com deficiência na Educaçâo Superior
Resumo
No contexto familiar, a descoberta da deficiência de um filho, pode ocasionar uma vivência traumática, alterando a dinâmica familiar e consecutivamente afetando todos os seus integrantes. A partir do diagnóstico, a família inteira, busca se reorganizar, no intuito de adaptar-se e reconquistar o seu equilíbrio, pois, todos serão afetados. Devido a este fato, os pais, e principalmente a mãe, compreende que por ter gerado este filho, tem o dever de zelar por ele, impedindo que nada de “mal” aconteça, originando muitas vezes uma dependência mãe-filho, que pode vir a comprometer seu desenvolvimento. A presente pesquisa versou sobre o desenvolvimento da autonomia dos estudantes com deficiência que estão na Educação Superior. Teve como objetivo conhecer o processo de construção e estabelecimento de vínculo afetivo entre mãe e filho com deficiência, e sua influência para o desenvolvimento de autonomia no contexto da Educação Superior. O método de abordagem qualitativa foi aplicado aos 6 participantes da pesquisa, isto é, 3 mães e 3 estudantes(filhos) e utilizou os seguintes instrumentos de coleta de dados: dois roteiros de entrevista sobre o desenvolvimento da autonomia do estudante, confeccionados pelo pesquisador e aplicados separadamente as mães e aos estudantes (filhos). A análise dos dados qualitativos foi realizada por meio da Análise de conteúdo. Constatou-se que existe uma relação de dependência, mas que as relações vinculares estabelecidas entre mãe e filho com deficiência, não afetaram o desenvolvimento da autonomia dos estudantes na Educação Superior. Concluiu-se que o princípio do desenvolvimento da autonomia, está associado a diferentes fatores intervenientes ao processo do desenvolvimento humano, mas não afetou de modo determinante as pessoas com deficiência.
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