Eficiência das cooperativas da agricultura familiar no contexto da economia solidária
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2017-03-17Metadatos
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Este estudo se desenvolveu com o objetivo de analisar a eficiência das cooperativas da agricultura familiar, particularmente referenciadas no contexto da Economia Solidária no Brasil. Essas organizações econômicas são constituídas, prioritariamente, para prestar assistência ao seu quadro social, não tendo, portanto, como finalidade última a busca do lucro. Assim, a eficiência em tais organizações deve ser analisada numa perspectiva socioeconômica, considerando benefícios monetários e não monetários associados à sua ação. Nessa direção, o estudo da eficiência se deu tendo como pano de fundo a Resource Advantage Theory, uma teoria desenvolvida por Hunt e Morgan (1995) que estabelece que as organizações buscam obter vantagens comparativas em recursos, para obter posições de vantagem competitiva e consequente desempenho superior. Para testar a teoria no universo estudado, foram definidos indicadores de recursos, de posicionamento de mercado e de desempenho, determinados a partir dos dados constantes no Sistema de Informações da Economia Solidária (base SIES). Foram investigadas ao todo 269 cooperativas da agricultura familiar. O estudo confirmou a hipótese de que as cooperativas que possuem vantagens comparativas em recursos conseguem obter um posicionamento de mercado superior. Contudo não foram confirmadas as relações do desempenho superior com recursos e/ou com posicionamento de mercado. Dessa forma, é possível dizer que a eficiência na utilização dos recursos gera posicionamento de mercado superior, mas não necessariamente desempenho superior, confirmando-se parcialmente a aplicabilidade da R-A Theory no contexto estudado. Dentre os recursos mais importantes em termos de classificação das cooperativas, destacam-se os organizacionais (número total de sócios), os informacionais (participação de mercado) e os físicos (gastos com matérias-primas e investimentos). São esses os principais recursos que possibilitarão a criação de valor em custos e vendas, de forma a garantir um melhor posicionamento de mercado da organização. As variáveis de menor importância são do grupo relacional, que se referem ao número de apoios que a cooperativa obteve e a quantidade de redes que participa. Avaliando o desempenho, os resultados mostram que desempenho econômico está associado a variáveis de recursos físicos (gastos com matérias-primas), informacionais (participação de mercado) e financeiros (sobras). O desempenho social, dado pela participação dos sócios em assembleias e/ ou reuniões de coletivo de sócios, está relacionado com variáveis de recursos físicos (gastos com matérias-primas) e organizacionais (número total de sócios). Já o desempenho social medido pelo número de conquistas mostrou-se significativamente dependente da quantidade de formação para os sócios e da quantidade de canais de comercialização que a cooperativa utiliza, que se referem a recursos organizacionais e relacionais, respectivamente.
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