Desenvolvimento de micropartículas simbióticas pela técnica de gelificação iônica externa usando diferentes fontes prebióticas
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2018-02-21Metadatos
Mostrar el registro completo del ítemResumen
O crescente interesse dos consumidores por produtos alimentares benéficos para a saúde tem
motivado a pesquisa para o desenvolvimento de alimentos funcionais, entre eles, destacam-se
os probióticos, que quando consumidos em quantidades adequadas conferem benefícios a
microbiota intestinal. No entanto, devido a fatores como armazenamento em baixas
temperaturas, acidez e a passagem pelo trato gastrointestinal humano prejudicam a viabilidade
destes microrganismos. A microencapsulação bem como o uso de prebióticos nas
micropartículas vem como alternativa de proteção e aumento de viabilidade destes
probióticos. Desta maneira, o objetivo desse estudo foi desenvolver micropartículas úmidas e
liofilizadas de alginato (2%) e compará-las com micropartículas de alginato adicionadas de
diferentes fontes prebióticas a 10%, sendo elas farelo de arroz, inulina e hi-maize (amido
resistente), ambas contendo Lactobacillus acidophilus utilizando a técnica de gelificação
iônica externa. Analisou-se o tamanho e distribuição das micropartículas, a eficiência de
encapsulação, a viabilidade em simulação gastrointestinal e estabilidade durante diferentes
condições de armazenamento (-18, 7 e 25 °C) por 120 dias para úmidas e 75 dias para
liofilizadas. Para as micropartículas úmidas, houve uma variação de tamanho de 79.7 – 117.70
μm, enquanto as liofilizadas apresentaram diâmetros de 127.5 – 234.6 μm. A matriz de
encapsulação inulina apresentou a maior eficiência de encapsulação (96.75%) para as
micropartículas úmidas, já para as liofilizadas, a maior eficiência de encapsulação foi
resultante da matriz de encapsulação farelo de arroz (95.02%). Tanto as micropartículas
úmidas como as liofilizadas protegeram os microrganismos frente aos testes gastrointestinais
simulados. Quanto ao armazenamento em diferentes condições para as micropartículas
úmidas, a 25 ºC os tratamentos alginato, farelo de arroz e hi-maize mantiveram os probióticos
viáveis por 120 dias. Na condição de armazenamento -18 ºC, apenas inulina manteve-se
estável durante os 120 dias. Em 7 ºC, farelo de arroz (AFA) e inulina (AIN) conservaram os
probióticos viáveis ao longo dos 120 dias de armazenamento. Já para as micropartículas
liofilizadas, a 25 ºC o tratamento farelo de arroz manteve os probióticos viáveis por 30 dias.
Nas condições de armazenamento -18 ºC e 7°C os tratamentos contendo os prebióticos himaize
e farelo de arroz mantiveram os microrganismos probióticos viáveis por um período
maior de 60 dias. As micropartículas desenvolvidas neste estudo podem ser um meio
alternativo e viável para a obtenção de um produto simbiótico a ser incorporado em alimentos,
de modo a permitir uma maior sobrevivência das bactérias.
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