Identificação, caracterização e controle in vitro de Phoma pedeiae (Aveskamp, Gruyter & Verkley) associado à Cedrela fissilis Vell.
Fecha
2018-02-26Metadatos
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A espécie Cedrela fissilis Vell. (cedro) apresenta bom crescimento, produzindo madeira de excelente qualidade, causando intensa exploração pelos madeireiros. Um dos principais problemas que comprometem a produção de madeira é a ocorrência de pragas e doenças, causando sérios danos ao hospedeiro e alterações nos processos fisiológicos, levando à morte da planta. Assim, o estudo da atividade biológica de óleos essenciais (OEs) de vegetais pode se constituir em uma forma potencial de controle de doenças em plantas. O objetivo deste estudo foi a identificação e caracterização morfofisiológica e molecular de Phoma spp. associado à Cedrela fissilis Vell., e avaliar a atividade antifúngica do OE de cedro no controle in vitro de Phoma pedeiae. Foram coletados folíolos de árvores adultas com sintomas da doença (Santa Maria, RS) e encaminhados ao Laboratório de Fitopatologia Elocy Minussi (UFSM), para isolamento do fungo. O material foi observado em microscópios estereoscópico e ótico, e quando estruturas fúngicas se faziam presentes, eram transferidas para placas de Petri contendo BDA. Após 14 dias de desenvolvimento, o fungo foi purificado por meio da cultura monospórica e transferido para os meios BDA, CA e V8, para caracterização morfofisiológica e molecular. A patogenicidade do fungo foi realizada por meio de aspersão em folhas. As características morfofisiológicas analisadas foram: crescimento micelial (CM), taxa de crescimento micelial (TCM) e índice de velocidade de crescimento (IVCM), esporulação, pigmentação das colônias e caracterização dos conídios. A extração do OE foi conduzida no Laboratório de Extrativos Vegetais, sendo extraído o OE de folíolos jovens de cedro, na estação primaveril dos anos de 2015, 2016 e 2017, por hidrodestilação. A atividade antifúngica in vitro do OE dos folíolos foi a partir de colônias puras de Phoma pedeiae, nas concentrações de 0,5, 0,75, 1,0 e 1,5 μL mL-1, além de controle positivo e negativo. Foram realizadas medições diárias do diâmetro da colônia, por 14 dias, sendo obtido o CM, TCM, IVCM e inibição do crescimento micelial. . A partir da caracterização molecular, por meio do sequenciamento de genes das regiões ITS e β-tubulina, as sequências foram depositadas no GenBank e tiveram similaridade de 70 e 81%, respectivamente, com o fungo Didymella pedeiae, forma sexuada de Phoma pedeiae. Os sintomas causados pelo fungo iniciaram aos 20 dias após a inoculação, não diferindo entre os dois isolados, causando a morte dos indivíduos em 50 dias. O fungo apresentou picnídios arredondados de coloração preta, micélio branco e conídios ovais oblongos, sem septo e hialinos. A esporulação no meio de cultura V8 foi superior ao meio BDA e CA. Ao final dos três anos de avaliação foram identificados 45 componentes do OE de folíolos de cedro, correspondendo a, aproximadamente, 90% da composição total do OE, com a predominância das substâncias β-cariofileno, espatulenol e óxido de cariofileno. O OE de cedro apresentou atividade antifungistática relativa frente a P. pedeiae a partir da concentração de 0,5 μL mL-1. Dessa forma, pode ser indicado para uso no controle de patógenos, por se tratar de um metabólito secundário, não causando prejuízos ao meio ambiente.
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