Modelo de práticas organizacionais adotadas por pequenas e médias empresas inovadoras do Brasil
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2018-09-19Metadatos
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Pequenas e Médias Empresas (PMEs) constituem um grupo importante de organizações em
todas as sociedades e sua capacidade de inovação varia significativamente, dependendo de
fatores como localização, tamanho, capacidade financeira ou situações socioeconômicas. Nesse
sentido, práticas adotadas por PMEs inovadoras de países desenvolvidos ou, ainda, sugeridas a
partir de experiências de grandes organizações podem não refletir a realidade das PMEs
brasileiras. Assim, o objetivo geral deste trabalho foi desenvolver um modelo conceitual de
práticas organizacionais adotadas por Pequenas e Médias Empresas inovadoras com atuação no
Brasil. Para isso, realizou-se um estudo de natureza qualitativa com design descritivo e
exploratório. Após uma extensa revisão da literatura internacional, identificaram-se 13 práticas
associadas positivamente ao desempenho inovador de PMEs. Seis práticas foram classificadas
como macroambientais: (1) participação em redes de empresas, (2) utilização de financiamento
público, (3) cooperação/colaboração com clientes e fornecedores, (4) cooperação/colaboração
com universidades e institutos de pesquisa, (5) presença no mercado internacional, (6)
localização da empresa em ambiente inovador; e sete práticas como microambientais (7)
capacidade de aprendizagem organizacional, (8) empoderamento dos funcionários, (9)
investimentos em P&D, (10) gestão do conhecimento, (11) postura inovadora do CEO, (12)
orientação para o cliente e (13) utilização de Tecnologia da Informação. A partir dessas 13
práticas, um roteiro de entrevista foi elaborado e refinado, sendo aplicado a 13 PMEs finalistas
do Prêmio Nacional da Inovação (edições 2012 a 2014) através de entrevistas em profundidade.
Os diálogos ocorreram de forma presencial e através de recurso tecnológico. Ao final, 15
práticas organizacionais se mostraram verdadeiras e/ou emergiram das entrevistas, mostrandose
aptas a integrar o modelo conceitual elaborado. Em relação às práticas macroambientais, a
prática 1 não se mostrou verdadeira; a prática 3 foi dividida em “cooperação/colaboração com
clientes” e “cooperação/colaboração com fornecedores” (uma vez que nem todas as empresas
que mantém cooperação/colaboração com clientes também mantém relação com fornecedores
e vice-versa); e a prática 6 foi substituída por “localização da empresa próximo à cadeia
logística”. As demais práticas microambientais mostraram-se verdadeiras. Quanto às
microambientais, a prática 7 foi substituída por “capacidade de aprendizagem dos gestores” e
“capacidade de aprendizagem dos colaboradores”; a prática 9 foi substituída por “pessoas
dedicadas à P&D” e “recursos destinados à P&D” (algumas empresas apenas alocam pessoas
para essa atividade ou somente investem recursos); a prática 10 foi substituída por “coleta e
armazenamento de informações em banco de dados” e a prática 11 foi alterada para “disposição
do CEO para correr riscos” – sendo as demais confirmadas conforme roteiro inicial de
entrevista. Ao mesmo tempo em que a maioria das práticas organizacionais identificadas na
literatura internacional foi verificada nas PMEs participantes, diferentes concepções sobre
algumas temáticas emergiram, resultando em novas contribuições à literatura – além do modelo
conceitual elaborado.
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